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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A gripe...


A gripe é uma doença infecciosa aguda que afeta aves e mamíferos. É causada pelo Vírus ARN da família Orthomyxoviridae (dos vírus influenza). O nome influenza vem da língua italiana, e significa "influência" (em latim, influentia). Em humanos, os sintomas mais comuns da doença são calafrios e febre, dor de garganta, dores musculares, dores de cabeça, tosse, fadiga e mal estar.[1] Em casos mais graves causa pneumonia, que pode ser fatal, particularmente em crianças pequenas e idosos. Embora às vezes seja confundida com o resfriado, a gripe é muito mais grave e causada por vários tipos de vírus.[2] Pode causar náusea e vômito, especialmente em crianças,[1] mas tais sintomas são mais característicos da não relacionada gastroenterite, que pode ser chamada de "gripe de estômago" ou "gripe de 24 horas".[3]
Tipicamente, a gripe é transmitida por mamíferos infectados por meio do ar por tosses ou espirros, criando
partículas contendo o vírus, e por aves infectadas por meio de suas fezes. Pode também ser transmitida pela saliva, secreções nasais, fezes e sangue. Infecções também ocorrem por meio de contato com estes fluidos corporais ou com superfícies contaminadas. Os vírus podem infectar por cerca de uma semana à temperatura do corpo, e por mais de 30 dias à 0 °C (32 °F), e por períodos mais longos em temperaturas mais baixas.[4][5] A maior parte das variedades do influenza pode ser facilmente neutralizada por meio de desinfetantes e detergentes.[6][7][8]

A gripe se espalha ao redor do mundo em epidemias, que resultam em mortes de centenas de milhares de pessoas anualmente — milhões em anos de pandemia . Três epidemias da doença ocorreram no século 20 mataram dezenas de milhões de pessoas, com cada uma destas pandemias sendo causada pela aparição de uma nova variedade do vírus em humanos. Frequentemente, estas novas variedades resultam de uma gripe existente em espécies animais para seres humanos. Uma variedade gripe aviária, chamada H5N1 mostrou-se a de maior risco para uma nova pandemia de gripe desde que começou a matar humanos na Ásia nos anos 1990. Felizmente, não sofreu uma mutação para uma forma que se espalha facilmente entre as pessoas.[9]
Vacinações são geralmente dadas às pessoas em países desenvolvidos com um menor risco de contrair a doença[10] e às aves de criação.[11] a vacina humana mais comum é a chamada vacina trivalente que contem material purificado e inativo de três variedades do vírus. Tipicamente, esta vacina inclui material de subtipos da variedade A e uma da B.[12] A vacina formulada para uma ano pode ser ineficaz no ano seguinte, pois os vírus mudam rapidamente ao longo do tempo, e diferentes variedades se tornam dominantes. Medicamentos anti-virais podem ser utilizados para o tratamento, especialmente os com inibidores de neuramidase.[13]




Os sintomas da gripe em seres humanos foram claramente descritos por Hipócrates aproximadamente 2400 anos atrás.[14][15] Desde então, o vírus causou numerosas pandemias. Dados históricos sobre a gripe são difíceis de serem interpretados porque os sintomas podem ser semelhantes aos de outras doenças, como difteria, febre tifóide, dengue ou tifo. O primeiro relato convincente de epidemia de gripe foi em 1580, que começou na Ásia e se espalhou pela Europa via África. In Roma, por volta de 8.000 pessoas morreram, e muitas cidades espanholas ficaram praticamente inabitadas. Pandemias continuaram esporadicamente ao longo dos séculos XVII e XVIII, sendo a pandemia de 1830–1833 particularmente vasta; infectou praticamente um quarto das pessoas expostas.[16]
A pandemia mais famosa e letal foi a chamada
gripe espanhola (tipo A, subtipo H1N1), que durou de 1918 a 1919. Antigas estimativas apontam para 40–50 milhões de pessoas,[17] enquanto estimativas mais recentes indicam de 50 a 100 milhões de mortos no mundo inteiro.[18] Esta pandemia foi descrita como "O maior holocausto médico da história" e pode ter matado tantas pessoas quanto a peste negra.[16] Esta grande mortalidade foi devido ao grande índice de infecção (acima de 50%) e da extrema gravidade dos sintomas, que suspeitavam ser causados pela tempestade de citocinas.[17] De fato, os sintomas em 1918 eram tão incomuns que a gripe foi inicialmente confundida em diagnósticos como dengue, cólera ou tifóide. De acordo com alguns registros, "uma das mais graves complicações era a hemorragia das membranas mucosas, especialmente do nariz, estômago e intestino. Sangramentos dos ouvidos e hemorragias de petéquia na pele também ocorriam. [18] A maioria das mortes eram de pneumonia bacteriana, uma infecção secundária causada pela gripe, mas o vírus também matou diretamente por meio de graves hemorragias e edemas no pulmão.[19]
A pandemia de gripe espanhola foi verdadeiramente global e se espalhou até mesmo pelo
Ártico e ilhas remotas do Pacífico. A gravidade inesperada da doença matou entre 2 e 20% dos infectados, muito alta comparada com as taxas de mortalidades das epidemias de gripe de cerca de 0.1%.[19][18] Outro grande diferencial desta pandemia foi a alta taxa de mortalidade de jovens adultos, com 99% de mortes causadas pela pandemia em pessoas abaixo dos 65 anos, e mais da metade entre jovens adultos entre 20 e 40 anos.[20] Isto não é comum, pois a gripe normalmente causa mais mortes em crianças abaixo de 2 anos e idosos acima de 70. O total de mortos pela pandemia de 1918–1919 é desconhecido, mas estima-se que entre 2,5 e 5% da população mundial morreu em consequência da doença. Aproximadamente 25 milhões teriam morrido nas primeiras 25 semanas; para efeito de comparação, o HIV teria matado a mesma quantidade em seus primeiros 25 anos.[18]

As pandemias de gripe posteriores não foram tão devastadoras. alguns exemplos de tais pandemias foram a de gripe asiática em 1957 (tipo A, variedade H2N2) e a gripe de Hong Kong de 1968 (tipo A, variedade H3N2), mas mesmo estas sendo menores, mataram milhões de pessoas. Com o advento dos antibióticos, controlou-se as infecções secundárias o que pode ter ajudado a reduzir a mortalidade em relação à gripe espanhola de 1918.[19]


A família de vírus Orthomyxoviridae, causadora da gripe, foi primeiro descoberta em porcos por Richard Shope em 1931.[22] Esta descoberta foi seguida pelo isolamento do vírus em humanos por um grupo liderado por Patrick Laidlaw no Medical Research Council do Reino Unido em 1933.[23] Entretanto, só após Wendell Stanley cristalizar o tobacco mosaic virus em 1935 que foi descoberta a natureza não celular dos vírus.
O primeiro passo significante para a prevenção da gripe foi o desenvolvimento de uma vacina feita com vírus mortos por
Thomas Francis, Jr. em 1944. Esta pesquisa foi baseada em um trabalho de Frank Macfarlane Burnet, que mostrou que o vírus se tornava inativo quando cultivado em ovos de galinha.[24] A aplicação desta observação de Francis permitiu seu grupo de pesquisadores da Universidade de Michigan a desenvolver a primeira vacina contra a gripe, com o apoio do Exército dos EUA.[25] O Exército americano estava profundamente envolvido nesta pesquisa devido a sua experiência com a gripe na Primeira Guerra Mundial, quando milhares de tropas morreram por causa do vírus em questão de meses.[18]


Ocorrência e Transmissão:


A gripe ocorre, mais frequentemente, nos meses de Inverno e, habitualmente, o pico surge entre Dezembro e Março no hemisfério norte. Só atinge o hemisfério sul meio ano mais tarde, na época fria local.
Admite-se, no entanto, a existência de casos esporádicos de gripe ao longo de todo o ano. Os casos de gripe que aparecem isolados fora do Inverno passam habitualmente sem diagnóstico sendo rotulados de síndromes gripais.
Quando a temperatura é baixa e na ausência de
radiação ultravioleta o vírus sobrevive o tempo suficiente para poder ser transmitido de um pessoa infectada para uma pessoa saudável.
Outro factor facilitador da transmissão do vírus é o agrupamento de pessoas em recintos fechados (escolas, lares, meios colectivos de transporte, discoteca).
A gripe apresenta uma elevada
taxa de transmissão. Transmite-se por partículas da saliva de uma pessoa infectada, expelidas sobretudo através da respiração, da fala, da tosse e dos espirros.


Período de incubação e de contágio:


A gripe apresenta um curto período de incubação, o qual é, em média, de

2 dias com intervalo de 4 dias.
O
período de contágio inicia-se 1 a 2 dias antes e até 5 dias após o início dos sintomas. O período de contágio nas crianças e nos imunodeprimidos pode ter uma duração superior a 1 semana.


Prevenção:

A melhor maneira de se proteger da gripe é fazer a vacinação anual contra o Influenza antes de iniciar o inverno, época em que ocorrem mais casos. Ela pode ajudar a prevenir os casos de gripe ou, pelo menos, diminuir a gravidade da doença. Sua efetividade entre adultos jovens é de 70-90%. Cai para 30-40% em idosos muito frágeis , isso porque estes têm pouca capacidade de desenvolver anticorpos protetores após a imunização (vacinação). Contudo, mesmo nesses casos, a vacinação conseguiu proteger contra complicações graves da doença como as hospitalizações e as mortes. Esta prevenção é ainda mais necessária, dado não existir um tratamento específico que se revele totalmente satisfatório.


A Vacinação:

A vacinação é eficaz porque, em até 75% das situações, evita o aparecimento da gripe e, em 98% dos casos, diminui a gravidade da doença. No entanto, não dá protecção em longo prazo porque o vírus muda constantemente – pequenas mutações – com novas estirpes e variantes a emergirem, pelo que as pessoas não conseguem desenvolver imunidade específica às estirpes individuais que vão aparecendo. Sendo assim em regiões temperadas, onde há muitos casos de infecção, sua ação pode diminuir bastante, devido a variação genética. Causando a sensação de que a vacinação "Não serviu para nada!". Em casos de grande variação genética e eficiência da vacina pode diminuir bastante, em todo caso vacinar-se contra à gripe é uma decisão pessoal em que se pesam o risco e o benefício. Pessoas com doenças crônicas, cardíacas e respiratórias não podem abrir mão, contudo indivíduos com determinadas alergias aos componentes da vacina, como proteínas do ovo e tiomersal devem ponderar bem.


Cuidados:

A pessoa doente deve tomar algumas medidas para aumentar as defesas do organismo e evitar a transmissão da doença a outras pessoas e para ter seu tratamento mais rápido. Os principais cuidados são:
• Descansar bastante e alimentar-se bem;
• Beber muitos líquidos como consumos de frutas ou água;
• Tomar sucos naturais;
• Tomar os remédios na hora certa;
• Usar o lenço ao tossir ou espirrar, o que contribui para evitar a contaminação de outras pessoas.
Caso os sintomas da doença tenham se apresentado a menos de dois dias, o doente poderá discutir com o seu médico a possibilidade de se usar um tratamento antiviral. O indivíduo enfermo deverá fazer repouso, evitar o uso de álcool ou fumo, procurar se alimentar bem e tomar bastante líquidos, além de usar medicações para a febre e para a dor aspirina (se tiver 18 anos ou mais), acetaminofen ou
ibuprofeno. Outros medicamentos podem ser usados para a melhora dos sintomas do nariz, como a coriza (corrimento do nariz) ou congestão nasal. Retorno às atividades normais somente após os sintomas terem ido embora. Para combater e prevenir a gripe pelo vírus influenza do tipo A, a amantadina poderá ser empregada em crianças com mais de 1 ano de idade. A rimantadina é outra opção nestes casos. Entretanto, para tratamento ela só poderá ser usada em adultos. Estes dois medicamentos antivirais podem ajudar no processo de cura desde que utilizados nas primeiras 48 horas da doença.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Gastrosquise-Informações Detalhadas


Gastrosquise é um defeito da parede abdominal como omphalocele em que o anterior abdome não fechou justamente para permitir que os intestinos protrae fora do feto. O comum dos fetos com este problema são nascidos de mães adolescentes em suas tarde ou cedo vinte. Este defeito é o resultado da obstrução dos vasos omphalomesenteric durante o desenvolvimento. É freqüentemente detectada através AFP rastreio ou de um detalhado fetal ultra-som. Gastrosquise é um defeito nascimento incomum, visto cerca de 1 em cada 5000 nascimentos. Embora cerca de 10% dos bebês com gastrosquise ter uma atresia intestinal em que uma porção do intestino não se desenvolver.

O defeito é raramente associada com outras anomalias genéticas. Não há nenhuma causa exata conhecida. Ao contrário de outros defeitos da parede abdominal como omphalocele, gastrosquise é tipicamente não relacionadas com anomalias cromossómicas estruturais ou de outras malformações com excepção de atresia intestinal (bloqueio). Gastrosquise não está geralmente associada com quaisquer outras malformações congénitas. É geralmente uma remoted defeito. Gastrosquise não é geralmente associada com desordens cromossômicas. Os únicos problemas que são comuns a estes estão relacionados com os seus bebés sistema gastrointestinal.

Aproximadamente 20 a 40 por cento terá vários tipos de anormalidade gastrintestinais, tais como: malrotation (intestino não está no ponto certo), atresia (passagem está bloqueada), volvulus (torção do intestino, sangue fornecimento pode ser cortado), ou infarto ( sangue fornecimento foi cortado e que a área será prejudicado). As mulheres que tiveram ambos uma doença sexualmente transmissíveis e de uma infecção urinária, pouco antes ou durante o início da gravidez, a criança pode ser 4 vezes mais probabilidades de ter gastrosquise. Bebê com gastrosquise são uma alargada em risco de morte. A incidência de morte é de aproximadamente 10 por cento.

Esses bebês freqüentemente irá ser menor do que normalmente estimados. É provável que, como muitos como 75 por cento serão classificadas como aumentar restrito. Isso significa que o bebê pesa menos que iríamos para adivinhar a idade gestacional. Gastrosquise pode trata cirurgia. Durante a cirurgia órgãos será colocada de volta dentro do seu bebé abdome. Se possível a totalidade do intestino será colocada de volta na cavidade abdominal, nesta primeira cirurgia. Outros tratamentos para o bebê incluem a IV nutrientes e antibióticos para prevenir infecções. A temperatura do bebê deve ser cuidadosamente controlada, uma vez que o intestino exposto permite que um lote de vôo para o calor do corpo.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Reumatismo

Reumatismo

Tradicionalmente, reumatismo é considerado uma doença das articulações, músculos, ligamentos e tendões, de caráter não traumático, que acomete pessoas mais velhas. Na verdade, a palavra reumatismo serve para designar inúmeras enfermidades, mais de duzentas. Provavelmente, as mais conhecidas são a artrite reumatóide e a artrose, ou osteoartrose, que afetam cartilagens e articulações e provocam dor, deformação e limitação de movimentos. No entanto, as doenças reumáticas acometem não só as articulações e cartilagens, mas também órgãos internos, como coração e rins e, para a grande maioria delas, existem fundamentos imunológicos bem definidos.Descritos por Hipócrates, séculos antes de Cristo, os diversos tipos podem manifestar-se em pessoas de qualquer idade: crianças, jovens adultos e idosos. Foi só nos últimos anos, entretanto, que surgiram drogas capazes de revolucionar o tratamento clássico do reumatismo feito até então apenas com antiinflamatórios.
A palavra reumatismo vem do grego (rheuma), mas seu significado foi-se modificando com o passar do tempo. Atualmente, quando se fala reumatismo, estamos nos referindo a um grupo bastante extenso de doenças que acometem não só as articulações, músculos, ligamentos e tendões, mas também a doenças em que o sistema imunológico está envolvido e atacam órgãos como cérebro, rins, coração, por exemplo.Portanto, por englobar grupo tão grande de enfermidades, é muito importante caracterizar o tipo de reumatismo a fim de propor tratamento efetivo e adequado.

Mais ou menos quantas doenças estão classificadas como reumatismo?
Mais de 250, 300 doenças diferentes. Algumas acometem primeiro os órgãos internos. Um exemplo é o lúpus eritematoso sistêmico que, às vezes, começa pela inflamação do rim. Nesse caso, os primeiros sintomas são alterações na urina (presença de sangue e de proteína). Depois, o quadro vai se completando (as juntas incham, inflamam os músculos) e a doença adquire características reumáticas.Outro exemplo é a febre reumática, doença que acomete principalmente crianças e pode começar pelo coração e não pelas articulações. Aliás, quanto menor a idade da criança, maior a probabilidade de comprometimento cardíaco.Portanto, embora não seja fácil fazer o diagnóstico preciso desde o início, atualmente, podemos contar com exames laboratoriais e um conhecimento maior das doenças, o que torna possível caracterizar e tratar corretamente o tipo de reumatismo.

O reumatismo pode acometer articulações, músculos, ligamentos e tendões e um dos sintomas é a dor. Dores articulares, porém, podem ocorrer por diversas razões. Às vezes, a pessoa pisa de mau jeito ou exagera nos exercícios, e as articulações ficam doloridas. O que diferencia a dor reumática da dor ocasional provocada por traumatismos ou pela prática inadequada de exercícios?
Na verdade, nos dois casos, a dor não é muito diferente. Por isso, é importante levantar a história clínica do paciente para determinar se a origem da dor é mecânica ou inflamatória. Se a pessoa torceu o tornozelo, que inchou e continua inflamado, obviamente a causa é mecânica e a dor é provocada por inflamação, porque líquido se formou dentro das articulações. Em outras palavras: a membrana sinovial que forra o interior da articulação começa a produzir um líquido que determina o processo inflamatório. Nos casos de reumatismo, a dor é causada por inflamação sem história de entorse, traumatismos ou esforço repetitivo.

Talvez a doença reumática mais conhecida seja mesmo a artrite reumatóide. Especialmente, nas pessoas de idade, essa doença provoca deformidades nas articulações e as mãos adquirem características típicas do reumatismo, que não é uma doença apenas dos idosos... Reumatismo é uma doença que acomete crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, e existem tipos preferenciais de acordo com a idade. A febre reumática, por exemplo, acomete principalmente crianças. O lúpus eritematoso sistêmico, uma doença auto-imune, em geral se manifesta no sexo feminino, durante a puberdade, quando ocorrem alterações hormonais em virtude da transformação do sistema endócrino. Já nas pessoas de mais idade, os tipos predominantes são, sem dúvida, a artrose e a artrite reumatóide.

Qual a diferença entre artrose e artrite reumatóide?
Em geral, a artrose aparece depois dos 50 anos e evolui progressivamente a ponto de, aos 80 anos, todas as pessoas (100%) terem uma alteração da cartilagem que, no decorrer dos anos, vai deformando as articulações. Por que algumas pessoas sentem dor e outras não, não é bem conhecido. Há quem descubra que tem bico-de-papagaio na coluna, quando tira uma radiografia por outro motivo qualquer. Do mesmo modo, pequenas deformidades nas mãos (nódulos de Heberden) próprias da artrose podem provocar muita dor ou dor nenhuma dependendo do paciente.Já a artrite reumatóide é uma doença auto-imune que se caracteriza por inflamação que pode provocar também pequenas deformidades nas mãos. Como o sistema imunológico está envolvido no aparecimento da doença, de acordo com as características genéticas do indivíduo, sua intensidade varia para mais ou para menos.


Tratamento

Quais os primeiros remédios usados no tratamento do reumatismo?

Há cerca de 50 anos, os antiinflamatórios foram introduzidos no tratamento do reumatismo. A cortisona começou a ser utilizada em 1948, 1950, seguida pelo sal de ouro, este último indicado para o tratamento da artrite reumatóide. Como se vê, são remédios antigos, mas que apresentavam muitos efeitos colaterais, especialmente porque não se dominava o conhecimento exato de como empregá-los com adequação.No caso dos antiinflamatórios, apesar de a ação dessas drogas ser, em geral, muito semelhante entre si, durante anos, os laboratórios procuraram encontrar novas fórmulas que trouxessem mais benefícios e menos efeitos adversos. Já existem, por exemplo, medicamentos que atacam menos o tubo digestivo. No entanto, às vezes, ainda surgem problemas. Recentemente, atribuiu-se ao uso contínuo de um antiinflamatório a maior incidência de comprometimento cardíaco e ele foi retirado do mercado.


Qual é o princípio básico da ação dos antiinflamatórios?

Basicamente, eles inibem a produção de prostaglandina, um mediador da inflamação responsável pelo aparecimento do líquido que se forma com a inflamação. Inibindo a produção de prostaglandina, há menor transudação de células e de líquido para dentro da articulação.


O que é transudação?

Na doença inflamatória da articulação, os vasos sangüíneos dilatam, o que permite a passagem de líquido e células para dentro da articulação, ou seja, a transudação de líquido e células para dentro da articulação.


O mecanismo de ação dos derivados da cortisona é o mesmo dos antiinflamatórios?

Não, eles atuam em diferentes níveis da inflamação. A cortisona inibe outras etapas do processo inflamatório. Na realidade, ela é o mais potente antiinflamatório que existe.


No tratamento das doenças reumatológicas, os antiinflamatórios, de um lado, e os derivados da cortisona, de outro, eram as armas de que dispúnhamos até recentemente para inibir o processo inflamatório. O que há de novo e eficaz nessa área?

Entre o uso de antiinflamatórios e da cortisona e os remédios de última geração, foram introduzidos os moduladores da inflamação, ou seja, drogas que inibem a produção de citocinas pelos linfócitos, as células mais envolvidas no processo inflamatório. Essas drogas impedem que as citocinas atuem levando à progressão da doença.Esses imunossupressores clássicos, drogas que diminuem a resposta imunológica e, conseqüentemente o processo inflamatório, também são usados no tratamento de neoplasias, em câncer. Por isso, o paciente se assustava - e até hoje se assusta -, quando o remédio é indicado. “Mas, esse remédio minha vizinha que tem câncer está tomando. Eu também estou com câncer?”, pergunta.Na verdade, as doenças auto-imunes e as doenças imunológicas têm certa proximidade com as doenças neoplásicas quanto às bases, embora percorram caminhos diferentes. No entanto, com o uso de quimioterápicos, em doses mais baixas, sem nenhum dos efeitos colaterais que podem ocorrer no tratamento das neoplasias, conseguimos controlar as doenças reumáticas.


Que outras drogas podem ser usadas no tratamento dos reumatismos?

O avanço da engenharia genética e o melhor conhecimento das doenças permitiram a formação de compostos mais específicos para o tratamento do reumatismo. Por exemplo, sabe-se que um mediador da inflamação chamado TNF (fator de necrose tumoral) produzido pelas células agrava as doenças inflamatórias, especialmente alguns tipos de reumatismo. Drogas que inibem a formação do TNF têm mostrado resultados muito bons para a maioria dos pacientes. É importante dizer, porém, que não representam a cura para a doença, mas uma forma de controlá-la melhor. Isso precisa ser bem explicado para o paciente que vai utilizá-las.Como o tratamento é longo e elas são extremamente caras, hoje, num país como o nosso, é um problema fazer uso delas de maneira ampla. Então, deve-se seguir a conduta convencional. Às vezes, é possível controlar a doença com drogas antiinflamatórias associadas a um modulador da inflamação. A cloroquina, por exemplo, indicada para tratamento da malária, funciona bem nas doenças reumáticas. Se os resultados não são satisfatórios, introduzem-se os imunossupressores. Já que 80%, 85% das doenças reumáticas podem ser controladas com esses medicamentos, é um erro introduzir drogas extremamente modernas e caras sem experimentar a resposta às drogas convencionais. Agora, quando a doença é muito agressiva e não se consegue controlá-la dessa forma, tem que se considerar o emprego desses agentes biológicos que representaram grande avanço no tratamento das doenças reumáticas.


Uma ótima semana à todos!
July.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Pediculose


Pediculose


O que é Pediculose ?

É uma doença provocada pela infestação de piolhos. Pode-se encontrar os seguintes tipos de Pediculose em função dos três tipos de piolhos que parasitam o ser humano:

(a) Pediculose do Couro Cabeludo: provocada pela presença do Pediculus humanus var capitis e lêndeas presas nos fios de cabelo, atinge preferencialmente crianças em fase escolar;

(b) Pediculose do Corpo: que tem como causador o Pediculus humanus var corporis (vulgarmente conhecido como muquirana) e lêndeas que são depositadas nos pêlos e roupas dos indivíduos;

(c) Pediculose Pubiana: causada pelo Phthirus pubis (vulgarmente chamado de chato) e lêndeas que são colocadas nos pêlos pubianos.


O que é o piolho?

É um inseto que não voa, não pula, pode parasitar o couro cabeludo, corpo e região pubiana, se alimenta de sangue humano e vive em torno de 30 dias. Dependendo da espécie a fêmea pode colocar até 300 ovos durante sua vida.

Sintoma e Conseqüências
Sintoma
O primeiro sintoma é uma intensa coceira no couro cabeludo, principalmente na região da nuca e atrás das orelhas.


Conseqüências
A intensa coceira no couro cabeludo pode ocasionar feridas que são portas abertas para infecções bacterianas, como impetigo, além do aparecimento de gânglios e stress que leva ao baixo rendimento escolar.

Transmissão
A transmissão acontece:
- Pelo contato pessoal (direto) dos indivíduos infestados.- Pelo uso coletivo de utensílios como: pente, boné, travesseiro, lenço de cabeça, presilha, almofada, etc.

Como tratar?
Passar freqüentemente o pente fino no mínimo uma vez ao dia. Para cabelos crespos ou ondulados, use antes um creme rinse.
Quando estiver passando o pente fino, utilize sempre um pano branco evitando assim que os piolhos caiam na roupa.
Os piolhos, lêndeas e ninfas que caírem no pano, devem ser deixados em vinagre diluído em água por um período de 30 minutos, para que sejam mortos.
Retirar todas as lêndeas de acordo com os seguintes passos:
a) Molhar um pedaço de algodão em vinagre (diluído em água na proporção de 1:1);

b) Selecionar 3 ou 4 fios de cabelo que estejam com lêndeas;

c) Com ajuda do algodão embebido em vinagre diluído, envolver os fios de cabelo (3 ou 4 no máximo) pressionando-os entre os dedos;

d) Puxar lentamente no sentido da base do cabelo para a ponta e com a outra mão, segurar a base do cabelo para não machucar a criança;

e) Trocar sempre que necessário o algodão, desprezando-o em um frasco com vinagre diluído em água para matar as lêndeas;
Nunca usar querosene, neocid ou qualquer outro inseticida, pois são tóxicos ao ser humano.
Ferver os objetos pessoais, tais como: pente, boné, lençol e roupas.

Como evitar?
Inspecionar a cabeça diariamente a procura de piolhos e lêndeas.
Passar assiduamente o pente fino.
Não compartilhar objetos pessoais, tais como: travesseiro, pente, boné, lenço de cabeça, presilha, etc.
Uma boa semana à todos!
July.