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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Sarna.


Transmisão:


É transmitida pelo contato direto entre pessoas, pelo compartilhamento de roupas(raro ou excepcional), contato íntimo (não necessariamente sexual). É uma doença comum em seres humanos e não deve estar associado com falta de higiene, apesar de ser mais comum em ambientes lotados (academias, hospitais) e pouco higiênicos, como cadeias e zonas de baixo meretrício. Observa-se principalmente em habitantes e em edificações de áreas próximas a córregos e canais imundos.
Não pode ser considerada uma
DST, pois a transmissão pode ocorrer em qualquer situação ou ambiente que propicie o contato com o ácaro. A transmissão através de outros contatos físicos não-sexuais (como um aperto de mão ou um abraço) é bem mais rara, embora seja possível. A doença também é bastante transmitida entre mãe e filho lactante. Normalmente o contato se dá a partir de um outro ser humano ou animal (mais raramente) com doença ativa.
O ácaro é capaz de perfurar e penetrar a pele em questão de minutos. Isso leva a uma coceira intensa, associada a lesões de pele causadas pela penetração do ácaro e pelas coçaduras. Às lesões, seguem-se infecções secundárias que podem ser bem mais graves, especialmente em pacientes portadores de
HIV ou outras doenças imunológicas.
As áreas preferenciais de infecção são os
punhos, as axilas, o ventre, as nádegas, os seios e os órgãos genitais masculinos.
A sarna é um afecção dermatológica e algumas delas são zoonoses (ou seja, podem ser transmitidas dos animais de estimação como cão e gato para os seres humanos). As mais conhecidas, no mundo veterinário, são a sarna demodécica ( "sarna negra", causada pelo ácaro
Demodex canis) e a sarna sarcóptica , ou também conhecida como "escabiose" (causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei). Em menor escala, existe ainda a sarna terceróide (causada pelo platelminto Tricoloris arrudai) que ocorre apenas em uma região específica do nordeste brasileiro.
A demodécica não é considerada uma zoonose. Há predisposição racial (Pastor alemão, Lhasa-Apso, Pitbull, mas pode acometer qualquer raça de cachorro). Geralmente passa da cadela para os filhotes, por isso retirar machos/fêmeas portadores da reprodução.
As lesões podem ser locais ou generalizadas. A forma generalizada normalmente ocorre em cães idosos com doenças sistêmicas ou após tratamento com drogas imunossupressoras.
Deve ser claramente especificado que as manifestações dermatológicas da sarna, bem como diagnóstico e tratamento, tende a ser diferente entre homens e animais.


Características clínicas em Animais...

Humanos:


Áreas alopécicas na região da face, membros ou dorso.Eritema (vermelhidão), pústulas ("bolhas", vesículas), hiperpigmentação, escamas, colaretes epidérmicos.O prurido (coceira) é ausente, exceto quando houver piodermite concomitante.

Diagnóstico:


Raspado de pele em áreas alopécicas corado com potassa revela o ácaro Demodex canis. Otoscopia revela: eritema e secreção ceruminosa abundante seguido de parasitológico de cerúmen. Exame histopatológico : utilizado para fechar o diagnóstico em cães da raça Shar pei, que apresentam muita mucina ,o que dificulta a visualização do ácaro. Este é o exame de eleição para shar pei.Em casos de pododermatite também, devido à hiperqueratose.

Diagnóstico Diferencial:


Dermatofitose e Piodermites, que são pruriginosas.

Tratamento:


Banhos semanais com peróxido de benzoíla 2,5 %. Amitraz (Triatox®) diluir 4 mL em 1 L de água. Cuidado com efeitos hipoglicemiantes e outros adversos. E m caso de piodermite tratar antes de inciar o amitraz. OU ivermectina (Ivomec®) – 0,6 mg/Kg SID 3 meses. Contra indicado para : Collie,Border Collie, Pastor de Shetland, Old english sheepdog.OU Milbemicina (Interceptor®) – alternative para as raças que não podem usar a ivermectina. 0,5 mg/Kg SID.

Alta do paciente:


Só após 3 raspados negativos consecutivos. A primeira reavaliação é feita em 8 semanas.
A sarna sacóptica, ou escabiose, é uma zoonose além de poder ser transmitida entre os humanos infectados.
É altamente pruriginosa , ou seja , a coceira é intensa.As lesões incluem: eritema, crostas hemorrágicas e escoriações. Há alopecia. O diagnóstico é igual ao da demodécica porém em casos de suspeita de escabiose em animais, realiza-se o teste do reflexo otopedal, se positivo confirma-se escabiose.(atritar a orelha do animal levemente e o mesmo irá mexer a pata traseira na tentaiva de coçar a orelha.)
Todos os contactantes , animais e seres humanos, mesmo que assintomáticos devem ser tratados.Dar banhos por 3 dias consecutivos e mais 4 banhos semanais com shampoos acaricidas (tetraetiltiruram por exemplo) e aplicar
ivermectina por exemplo. Outras drogas podem ser utilizadas, assim como na demodécica.

Prevenção:


Descartar jornais diariamente,lavar fômites, panos etc. e outras coisas desconhecer.


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