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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Cancêr de Pulmão.




Câncer de pulmão é a expansão e transformação malígna do tecido pulmonar,assim como nos outros casos de tumores(câncer é um tumor, e quando expandido, pode chegar a morte.É o tipo mais letal de câncer no mundo todo, responsável por 0,9 milhões de mortes anualmente. É causado pelo hábito de fumar cigarro, e afeta homens predominantemente, mais o número de câncer de pulmão em mulheres vem aumentando em decorrência do aumento do tabagismo.Também é causado por pessoas que ficam sempre perto de outros fumantes, alertando os pais, se querem o bem, não fumem perto de seus filhos! Há pessoas que nunca fumaram e desenvolveram cancêr de pulmão. Entre aqui e saiba mais.
Pesquisas atuais indicam que o fator com o maior impacto no risco de se ter um câncer de pulmão é a exposição a longo prazo de
carcinógenos. O termo carcinógeno refere-se a qualquer forma de substância ou radiação que é um agente que promove ou tem envolvimento directo com a facilitação do cancer ou instabilidade genômica devido à destruição das mudanças metabólicas celulares.. O meio mais comum de exposição aos carcinógenos é o tabagismo.
O tratamento dependem do tipo do câncer, o estágio (grau de dispersão), entre outros fatores. Os tratamentos incluem
cirurgia, quimioterapia e terapia radioativa.


Sinais e sintomas:

Os sintomas que sugerem o câncer de pulmão incluem:

•Falta de ar,
•Tosse com sangue
Tosse crônica,
•Chiado no peito,
•Dor no peito ou no abdômen,
•Perda de peso,
fadiga e perda de apetite,
Disfonia - disfonia representa qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural da voz,
Hipocratismo digital - é um sinal caracterizado pelo aumento das falanges distais dos dedos e unhas da mão que está associada a diversas doenças, a maioria cardíacas e pulmonares (incomum),
•Dificuldade em
engolir.
Febre
•Cor da pele torna a ser mais amarelada.

Como se desenvolve?

O tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão. Ele é responsável por 90% dos casos desse tumor. Mais homens que mulheres desenvolvem o câncer de pulmão, mas o número de casos em mulheres está aumentando, enquanto que o número de casos em homens está caindo. O risco de morte por câncer de pulmão é 22 vezes maior entre os fumantes do que entre os não fumantes.
Essa neoplasia pulmonar pode também ser causada por químicos - arsênico, asbesto, berílio, radônio, níquel, cromo, cádmio e cloreto de vinila, principalmente encontrados no ambiente ocupacional. Outros fatores relacionados a este tumor são os dietéticos (baixo consumo de frutas e verduras), genéticos, a doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e a história familiar de câncer de pulmão. Às vezes, essa doença se desenvolve em indivíduos que nunca fumaram e a causa é desconhecida.

Tipos de câncer de pulmão :

Existem, basicamente, dois tipos de câncer de pulmão, dependendo de como as células aparecem ao exame no microscópio:

->não pequenas células e
->pequenas células
.

Os cânceres de não pequenas células representam 80% de todos os casos. Esses incluem o adenocarcinoma, o carcinoma de células escamosas (epidermóide) e o carcinoma de grandes células. Os não pequenas células geralmente se disseminam lentamente para outros órgãos no corpo e pode ser difícil detectá-los em estágios precoces.
Já os cânceres de pequenas células são responsáveis por 20% dos casos de câncer de pulmão. Eles se disseminam muito rapidamente nos pulmões e para outros órgãos.

Como o médico faz o diagnóstico?

O surgimento de algum sintoma ou sinal de doença respiratória poderá levar o paciente a procurar um médico clínico-geral ou especialista. Esse poderá dar início a uma investigação que, usualmente, inclui uma radiografia do tórax. Através dessa, o médico poderá detectar uma lesão suspeita. Uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética do tórax poderá detalhar mais essa lesão.
Nesse momento, o exame cito-patológico do escarro poderá ser solicitado, visto que é um exame simples que poderá confirmar a presença do câncer de pulmão. Contudo, a ausência de células malignas no escarro certamente não exclui a doença. O exame é normalmente coletado pela manhã, fazendo com que o paciente expectore num frasco de boca larga. O material é logo enviado para exame microscópico no laboratório
Existem outros procedimentos que têm o objetivo de fazer o diagnóstico da doença ou esclarecer a extensão dessa. Dentre eles estão:

•a fibrobroncoscopia,
•a punção pulmonar com agulha,
•a toracocentese e
•a toracotomia.

A fibrobroncoscopia é um exame em que um aparelho flexível dotado de fibras ópticas e canal de instrumentação, por onde passam pinças e escovas, é introduzido pela boca ou pela narina, chegando até o pulmão. Dentro do pulmão, é realizada uma lavagem da área da lesão (lavado brônquico) e uma pequena escova é esfregada na lesão ou próxima dessa. São feitas lâminas com o esfregaço desse material da escova. Através de pinças, são obtidos pequenos pedaços da lesão. Todo esse material obtido (lavado, escovado e biópsia brônquica) é enviado para exame no laboratório de patologia. O rendimento da fibrobroncoscopia é maior nos casos de tumores centrais - que ficam mais ao alcance do aparelho.
Outra opção para obter substrato para o diagnóstico da doença é a punção pulmonar com agulha através da parede torácica. O médico, com o auxílio de exames de imagem para guiar a punção, aspira com uma seringa conectada a uma agulha, material da lesão tumoral ou retira um pedaço de tecido da lesão através de uma agulha de corte. Esse método diagnóstico é utilizado só nos casos em que o tumor tem uma localização bem periférica. Ou seja, quando a lesão está bem próxima da parede do tórax.
A toracocentese é a retirada do líquido que fica na cavidade pleural (entre o pulmão e a parede torácica). Aspira-se esse líquido com uma seringa conectada numa agulha após uma anestesia (geralmente local). É uma alternativa para o diagnóstico, pois alguns tumores do pulmão podem se apresentar dessa forma. O líquido é enviado para o exame laboratorial.
Freqüentemente há casos cujo diagnóstico vem através da retirada cirúrgica de gânglios comprometidos pela doença - sejam eles no tórax, pescoço ou outras localizações menos habituais.
A mediastinoscopia é um procedimento cirúrgico que aborda o mediastino (região situada entre os dois pulmões) e que freqüentemente é sede para a progressão da doença. Os tumores de pulmão, na maioria das vezes, se disseminam para os gânglios linfáticos do mediastino e, depois, para outros órgãos como ossos, fígado, cérebro e glândulas adrenais. Portanto, a mediastinoscopia pode, além de confirmar o carcinoma brônquico com seu tipo histológico (tipo de tecido), auxiliar no estadiamento da doença - mostrando se já é uma doença avançada ou não. Ajuda a definir o prognóstico do paciente.
Em alguns casos, a abertura cirúrgica do tórax (toracotomia) é necessária para a confirmação do câncer de pulmão. São casos em que o paciente tem que ficar hospitalizado.

Como se trata?

Os tumores malignos do pulmão podem ser tratados com cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. Ou, então, essas modalidades terapêuticas podem ser combinadas.
A radioterapia é freqüentemente utilizada em conjunto com a cirurgia. Há vários casos em que, ao invés de se fazer a cirurgia, a radioterapia é combinada com a quimioterapia.
A quimioterapia - tratamento com medicações que combatem os tumores - também é utilizada em conjunto com a cirurgia, seja para tornar os tumores menores, facilitando a cirurgia, seja para ajudar a destruir as células cancerosas no local do tumor.
Uma outra alternativa é a terapia fotodinâmica, em que medicações são injetadas no corpo e, posteriormente, são ativadas com o uso do laser.
O médico decidirá o tratamento de acordo com o tipo celular do tumor, seu estágio e com as condições do paciente.

Como se previne?

A única maneira eficaz de prevenir é a cessação do fumo.
Uma pessoa que nunca fumou poderá, em algum momento da vida, desenvolver um tumor maligno do pulmão. Contudo, esta situação é bem menos freqüente.


Perguntas que você pode fazer ao seu médico:

Qual a prevalência de câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram?
O tabagismo passivo pode aumentar a chance de se desenvolver a doença?
Dentre os tumores não-pequenas células qual o mais freqüente?
O que é uma metástase?
O câncer de pulmão pode ser confundido com uma pneumonia na radiografia do tórax?
Por que motivo o câncer de pulmão pode levar à rouquidão?
A presença de derrame na pleura associado ao câncer de pulmão implica num pior prognóstico?

terça-feira, 28 de abril de 2009

A gripe suína.




A gripe suína ou gripe porcina é uma doença causada por uma variante do vírus H1N1. O vírus pode ser transmitido através de contato com animais e objetos contaminados. Uma nova variante do vírus pode ser transmitida entre humanos e é considerada epidêmica no México. O governo mexicano anunciou 149 mortes confirmadas causadas pelo H1N1 e 1600 casos suspeitos o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar que a doença é uma "emergência na saúde pública internacional", e tem grandes chances de se tornar uma pandemia.


Forma de Contágio:

A gripe suína é uma doença causada por um vírus que pode atacar humanos
A contaminação se dá da mesma forma que a
gripe comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados.
Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 70
graus Celsius destrói o vírus da gripe suína.
Porêm não foi indentificado nenhum animal doente no local da epidemia (México).Então provavelmente é apenas uma mutação do vírus da gripe com restígios de gripe humana, gripe aviaria e suina.

Sintomas:

Assim como a gripe humana comum, a suína apresenta os sintomas: febre, cansaço, fadiga, dores pelo corpo, tosse e ainda sintomas característicos como diarreia ou vómitos.


Tratamento:

De acordo com a OMS, o medicamento antiviral oseltamivir, em testes iniciais mostrou-se efetivo contra o vírus H1N1.
Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos durante 30-34 segundos, é uma forma eficaz de prevenir a doença.


Surto de 2009:
Até 27/04/2009:
No México eleva-se a pelos 150 o número de mortos
•Quarenta casos confirmados no
Estados Unidos, seis no Canadá e na Escandinávia.
•Casos foram confirmados na
Europa:
•Duas pessoas de nacionalidade espanhola com caso confirmado. A
Espanha declarou vinte casos suspeitos.
•O
Reino Unido confirmou a existência de duas pessoas infectadas.
•Foram registados casos suspeitos em
França e Suiça.
•Entretanto, a OMS, subiu já o alerta de 3 para 4 numa escala de 6.

Países lusófonos

Portugal, Timor Leste e países lusófonos africanos
Até agora não foi registrado nenhuma suspeita ou caso confirmado de Gripe Porcina em
Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau ou no Timor Leste. Em Portugal existem 2 casos suspeitos.

Brasil;
São Paulo...

Chegaram a ser suspeitados dois casos, um de uma mulher e o outro, de um rapaz, mas na mulher foi diagnosticado sinusite. O rapaz ainda está internado e o exame só sairá nesta quarta feira, dia 30. Na maioria dos aeroportos, passageiros que vieram de vôos que sairam do México estão recebendo máscaras.

Belo Horizonte:

Três pessoas foram internadas no dia 27. Todas estavam em Cancún, no México.

Salvador:
Um caso suspeito, homem proveniente de Miami com todos os sintomas. Está internado no hospital Otávio Mangabeira fazendo exames e aguardando os resultados para a confirmação da infecção.

Rio de Janeiro:

Uma mulher que chegou dos Estados Unidos no sábado (25) está internada num ambiente isolado desde segunda-feira (27) no Hospital Copa D'Or, em Copacabana, na Zona Sul. A mulher, que tem 44 anos e está num quarto da unidade semi-intensiva, apresenta sintomas de gripe forte, com febre alta, dor de cabeça e dor de garganta.

Vacina:

Existe uma vacina para os porcos, porém ainda não se descobriu uma que possa ser utilizada pelos humanos.
A vacina destinada à prevenção da "gripe convencional" oferece pouca ou nenhuma proteção contra o vírus H1N1
O
Japão anunciou que pretende desenvolver uma vacina eficaz. Também os EUA estão já a investigar formas de tratamento, mas poderá levar alguns meses até se achar uma vacina apropriada para a doença.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Autismo.




O autismo é uma desordem global do desenvolvimento neurológico. É uma alteração cerebral que afeta a capacidade da pessoa comunicar, estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente ao ambiente - segundo as normas que regulam estas respostas.
Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam
inteligência e fala intactas, outras apresentam também retardo mental, mutismo ou importantes retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento. Os diversos modos de manifestação do autismo também são designados de Espectro Autista, indicando uma gama de possibilidades dos sintomas do autismo.
Um dos mitos comuns sobre o autismo é de que pessoas autistas vivem em seu "mundo próprio" interagindo com o ambiente que criam; isto não é verdade. Se, por exemplo, uma criança autista fica isolada em seu canto observando as outras crianças brincarem, não é porque ela está desinteressada nessas
brincadeiras ou porque vive em seu mundo, é porque simplesmente ela tem dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa.
Outro mito comum é de que quando se fala em uma pessoa autista geralmente se pensa em uma pessoa retardada que sabe poucas palavras (ou até mesmo que não sabe nenhuma). A dificuldade de comunicação, em alguns casos, está realmente presente, mas como dito acima nem todos são assim: é difícil definir se uma pessoa tem retardo mental se nunca teve oportunidades de interagir com outras pessoas ou com o ambiente.


Histórico:


Foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, trabalhando no Johns Hopkins Hospital, em seu artigo Autistic disturbance of affective contact, na revista "Nervous Child", vol. 2, p. 217-250. No mesmo ano, o também austríaco Hans Asperger descreveu, em sua tese de doutorado, a psicopatia autista da infância. Embora ambos fossem austríacos, devido à Segunda Guerra Mundial não se conheciam .
A palavra "autismo" foi criada por Eugene Bleuler, em
1911, para descrever um sintoma da esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga da realidade". Kanner e Asperger usaram a palavra para dar nome aos sintomas que observavam em seus pacientes.
O trabalho de Asperger só veio a se tornar conhecido nos anos
1970, quando a médica inglesa Lorna Wing traduziu seu trabalho para o inglês. Foi a partir daí que um tipo de autismo de alto desempenho passou a ser denominado síndrome de Asperger.
Nos anos
1950 e 1960, o psicólogo Bruno Bettelheim afirmou que a causa do autismo seria a indiferença da mãe, que denominou de "mãe-geladeira'". Nos anos 1970 essa teoria foi rejeitada e passou-se a pesquisar as causas do autismo. Hoje, sabe-se que o autismo está ligado a causas genéticas associadas a causas ambientais. Dentre possíveis causas ambientais, a contaminação por mercúrio presente em vacinas tem sido apontada como forte candidata, assim como problemas na gestação.Outros problemas como infecção por candida, contaminação por aluminio, chumbo também devem ser considerados.
Apesar do grande número de pesquisas e investigações clínicas realizadas em diferentes áreas e abordagens de trabalho, não se pode dizer que o autismo é um transtorno claramente definido. Há correntes teóricas que apontam as alterações comportamentais nos primeiros anos de vida (normalmente até os 3 anos) como relevantes para definir o transtorno, mas hoje se tem fortes indicações de que o autismo seja um transtorno organico.
Entretanto, não desconsidera o fato de que há de se cuidar destas crianças o quanto antes, inserindo-as num tratamento que leve em consideração sua subjetividade, seus afetos e sentimentos, e não apenas o aspecto comportamental.
Donald Winnicott , importante pediatra e psicanalista inglês, contribui com suas formulações, a partir da prática clínica, para interrogar se o autismo de fato existe enquanto quadro nosográfico.
Além dos conceitos psicanalíticos é muito importante que se avalie o individuo como um todo, e se trate diretamente das causas, que são os desequilibrios metabólcos do organismo.


Definição:

Autismo é uma desordem comportamental causada por mudanças súbitas em certas áreas do cérebro. Atualmente (2008), 1 em cada 150 crianças é diagnosticada com autismo nos Estados Unidos e o número é crescente. As causas biológicas exatas do autismo e das desordens do espectro autista são desconhecidas e são um grande desafio para a sociedade. Embora não haja uma má formação cerebral, estudos recentes têm observado mudanças bruscas em algumas áreas do cérebro de pacientes autistas, incluindo um aumento moderado, que parece acontecer durante o desenvolvimento do cérebro fetal ou na 1ª infância. Fatores genéticos, ou a exposição do cérebro em desenvolvimento a alguma toxina ambiental ou infecção, pode ser a causa dessas anormalidades. O impacto cerebral pode piorar durante a vida, enquanto o indivíduo é continuamente exposto a tais fatores ambientais, ou dentre aqueles com incapacidade de quebrar e se livrar dessas toxinas.
No cérebro normal, essas áreas coletivamente conhecidas como o sistema límbico, estão envolvidas em atividades complexas como encontrar significado nas experiências sensoriais e perceptivas, no comportamento social, na emoção e na memória. O sistema límbico também está envolvido no controle de complexos movimentos habituais como, aprender a se vestir e se lavar, ou participar de atividades coletivas. A estrutura límbica, está envolvida em diversos processos desde a criatividade artística, ao aprendizado de uma habilidade, reconhecimento de estruturas faciais, a ligação emocional, a agressão e ao vício. Então, anormalidades nessa área cerebral, cortam ou proporcionam impressões destorcidas da realidade, levando a inabilidade de efetivamente se relacionar com o mundo a sua volta, provocando um isolamento social.
Pessoas com autismo podem ficar presas a um mundo de comportamentos ritualísticos. Com variável incapacidade de interagir com as pessoas a sua volta. Uma pequena parcela mostra uma notável habilidade para executar algumas tarefas como tocar piano, executar cálculos matemáticos complexos, enquanto ao mesmo tempo não conseguem se alimentar sozinhos ou se vestir.
Os aspectos biológicos e comportamentais do autismo, remetem a desordens como a esquizofrenia, epilepsia e outras tantas raras condições neurológicas pediátricas.
Desordens da química cerebral, particularmente envolvendo os neurotransmissores dopamina e serotonina, que protagonizam um papel importante no movimento e funcionamento do sistema límbico, têm sido apontadas. Ligações entre anomalias genéticas responsáveis pelo desenvolvimento do cérebro estão sob investigação. Descobertas recentes sugerem anomalias no sistema digestivo, e estudos mostraram que os sintomas de alguns pacientes são agravados por determinados fatores dietéticos que resultam possivelmente das alterações de populações bacterianas no sistema digestivo.
Há ligações entre várias desordens inflamatórias, tais como artrite reumatóide e recentes evidências de processos inflamatórios em curso no cérebro. Isto sugere que as alterações no sistema imunitário ou em alguns fatores ambientais possam contribuir para o autismo também. Parece que estes compostos biológicos, estão alterando diretamente ou indiretamente a função do cérebro em níveis variados. Entretanto, uma hipótese unificadora para esta desordem devastadora que considera todas estas observações, ainda não foi encontrada. O autismo é claramente uma desordem do comportamento. Conseqüentemente uma análise detalhada desta desordem comportamental complexa, na condição humana e em modelos de experimentos animais é absolutamente essencial.
Um número de compostos metabólicos resultados da digestão alimentar e também os compostos inflamatórios liberados pelo organismo , as citoquinas, são conhecidos por ter efeitos profundos no desenvolvimento do cérebro, na função de sistema límbico e finalmente no comportamento.


Características do autismo:

Nem todo autista é igual, existem autistas mais sociais que outros, outros são mais intelectuais, e assim por diante. Por isso dá-se o nome de Espectro Autista a estas diferentes manifestações do autismo: o autismo tem vários níveis, desde os mais graves (o autismo típico em que as pessoas geralmente pensam) até os casos mais sutis. Muitos autistas não são muito diferentes de pessoas tidas como "normais": possuem hábitos consolidados, reagem com dificuldade a situações que os desagradam, possuem manias e preferências.
As características mais comuns do autismo são:
Dificuldade na interação social (como todo e qualquer indivíduo, por exemplo);
Dificuldade acentuada no uso de comportamentos não-verbais (contato visual, expressão facial, gestos);
Sociabilidade seletiva;
Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades:
Preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados (movimento circular, por exemplo);
Assumir de forma inflexível rotinas ou rituais (ter "manias" ou focalizar-se em um único assunto de interesse, por exemplo);
Maneirismos motores estereotipados (agitar ou torcer as mãos, por exemplo);
Preocupação insistente com partes de objetos, em vez do todo (fixação na roda de um carrinho ou na boca de alguém que fala, por exemplo);
Seguir uma vida rotineira e resistir mais do que uma pessoa comum resistiria quando ela é mudada;
Tendência a uma leitura concreta e imediatista do contexto, seja ele linguístico ou ambiental ("levar tudo ao pé da letra").

Diagnóstico:

Para que se tenha um bom prognóstico com relação ao tratamento é preciso que seja realizado um diagnóstico precoce. Um diagnóstico seguro pode ser realizado antes da criança completar dois anos de idade, desde que alguns aspectos clinicos não sejam desprezados. As crianças autistas normalmente tem historico de infecçõs e alto consumo de antibióticos nos primeiros anos de vida. As fezes podem ter aparencia mucosa, e de coloração variante, entre amarelo, esverdeado e avermelhado, e podem ter odor de mofo.Intensa flatulencia. Apresentam sinais caracteristicos de alergias, como olheras, olhos inchados, cilhos compridos. Embora se alimentem bem podem apresentar aspecto de subnutrição. Frequentemente apresentam abdome distendido, e inchado, com intensa movimentação visceral. Apresentam mau hálito. Podem apresentar regreções no desenvolvimento, após uso de vacinas. Mais de 60% das crianças autistas tem pais com histórico de atopia, incluindo asma e alergias de pele. Crianças normotipicas tendem a responder com o olhar quando chamadas pelo nome por volta de 2 anos de idade.

Exames:

O diagnóstico do autismo é feito clinicamente, mas pode ser necessário a realização de exames auditivos com a finalidade de um diagnóstico diferencial.
Outros exames devem ser considerados não para diagnóstico, mas com a finalidade de se realizar um bom tratamento. São eles: Ácidos Organicos, Alergias alimentares, Metais no cabelo, Perfil ION, Imunodeficiencias entre outros.

Relato:

O médico José Salomão Schwartzman, referência no Brasil em Neurologia da Infância e Adolescência, relata um caso interessante de autismo:"Na década de 1970, recebi um paciente, R., com cinco anos de idade, encaminhado por uma amiga pscicóloga. Era uma criança estranha, que tinha sido considerada, até pouco tempo antes, como portadora de deficiência mental. Muito embora tivesse apresentado desenvolvimento motor normal, a sua fala e seu comportamento se mostravam muito alterados. Sua mãe relatava que ele havia ficado totalmente mudo até os 3, 4 anos de idade, quando, de um dia para outro, havia começado a ler manchetes dos jornais. Embora pudesse falar a partir de então, somente o fazia quando queria e quase nunca com a finalidade de se comunicar com os outros. Era isolado e parecia bastar-se, ignorando as pessoas que viviam à sua volta. Por outro lado, era muito inquieto e agitado, estando continuamente em movimento. Uma das poucas atividades que o deixavam mais tranquilo era ficar parado em uma das esquinas mais movimentadas de São Paulo observando os ônibus que passavam. Após uma hora de observação, demonstrava estar satisfeito. Chegando em casa, desenhava todos os ônibus que havia observado, com as cores e as placas corretas. Reencontrei R. recentemente. É um adulto algo estranho; não gosta de fixar o olhar no interlocutor; fala de um modo bastante formal. Ao entrar no meu consultório, após todos esses anos, perguntou-me sobre o meu primeiro consultório e demonstrou lembrar-se de inúmeros detalhes de consultas ocorridas há cerca de 30 anos. Contou-me que, quando criança, haviam dito que ele era autista, imagine! Estava muito bem e ganhava o seu dinheiro fazendo ilustrações para cadernos pedagógicos de algumas escolas. Na ocasição, o caso me pareceu singular na medida em que aquela criança, tida como deficiente mental, era seguramente diferente em vários aspectos de outras crianças com deficiência mental. A equipe que atendia R. achou que a melhor hipótese diagnóstica era a de Autismo, condição muito pouco conhecida e de diagnóstico muito difícil àquela época. O quadro, assim diagnosticado, passou a ser da alçada de psiquiatras e psicólogos. Para mim, então, tratava-se de uma patologia que não envolvia problemas relacionados a funções do sistema nervoso. Os tempos mudaram, e hoje sabemos que o Autismo é uma condição de bases biológicas e bem mais freqüente do que se acreditava. Há, na verdade, quem cite números muito maiores, o que decorre não somente de um maior conhecimento a respeito do assunto e, portanto, de uma identificação mais freqüente, mas também de um conceito que tem se expandido nos últimos anos, permitindo que quadros que anteriormente não receberiam este diagnóstico possam ser assim rolulados."

Tratamentos do Autismo:

Até o momento, os pesquisadores ainda não identificaram claramente os fatores causais do autismo. No entanto, terapeutas e pais de pessoas com autismo têm experimentado diversas formas de ajudar as pessoas com autismo. Muitas abordagens de tratamento têm sido desenvolvidas – cada uma com diferentes filosofias e metodologias. Hoje o que sabemos é que o autismo é tratavel, curas e grandes melhoras já são relatadas por todo o mundo.
Devido ao fato de o autismo não ser uma doença exclusivamente mental, e sim um problema organico que afeta vários sistemas o tratamento deve ser muito cauteloso, além de abrangente.
Destacando o Tratamento biológico e a abordagem Son-Rise.
O Tratamento biologico é baseado na normalização das funções bioquimicas do organismo, além do aumento da imunidade e eliminaçõa de possiveis metais pesados presentes no organimo (destacando aluminio, chumbo e mercurio).
Son-Rise é uma forma de abordagem cognitiva, que leva a criança a um estado de alta conecção com o terapeuta, o que possibilita o desenvolvimento de habilidades sociais.
Podemos destacar também as dietas sem glutem e caseina, suplementação de vitamina B6, e uso de camara hiperbárica.

Estudos:

Alguns estudos tem sido conduzidos afim de tentar estabelecer algumas predisposições para o autismo. Nesse sentido pesquisadores já haviam percebido que as crianças que foram expostas a concentrações elevadas de testosterona fetal exibiam algumas características de adultos com distúrbios autísticos, tais como evitar olhares diretos, desenvolver menos áreas de interesse e dificuldades de estabelecer relacionamentos. Verifica-se também uma predisposição para o sexo masculino com uma prevalência relativa (masculino:feminino) de 3,7:1 a 4:1. Essas constatações levaram o psicólogo Simon Baron-Cohen a investigar essas correlações a partir de amostras do fluido amniótico colhidas durante a fase pré-natal com o desenvolvimento das crianças, obtendo algumas evidências para a predisposição do autismo. Outros estudos recentes tentam correlacionar o autismo com a predisposição genética. Estudos mostram que crianças autistas submetidas a 40 horas em camara hiperbárica com saturação de oxigenio de 20% tiveram melhora significativa em seu desempenho social, e fala. Crianças que tomaram doses elevadas (250mg)de carnosina tem maior desenvolvimento da fala. Estudos apontam que Vitamina B6, tem se mostrado mais eficiente que todos os medicamentos para se melhorar sintomas de falta de sono, comportamentos atipicos, convunções.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Esquizofrenia.




A esquizofrenia (do grego σχιζοφρενία; σχίζειν, "dividir", e φρήν, "mente") é uma doença mental grave que se carateriza classicamente por uma colecção de sintomas, entre os quais avultam alterações do pensamento, alucinações (sobretudo auditivas), delírios e embotamento emocional com perda de contacto com a realidade, podendo causar um disfuncionamento social crônico.
É hoje encarada não como uma doença única mas sim como um grupo de
patologias, atingindo todas as classes sociais e grupos humanos.
A sua prevalência atinge 1% da população mundial, manifestando-se habitualmente entre os 15 e os 25 anos, nos
homens e nas mulheres, podendo igualmente ocorrer na infância ou na meia-idade.
Um exemplo de um esquizofrênico famoso é o matemático americano
John Forbes Nash, que fez importantes contribuições na área da economia, biologia e teoria dos jogos.

Sintomas:

A esquizofrenia é uma doença funcional do cérebro que se caracteriza essencialmente por uma fragmentação da estrutura básica dos processos de pensamento, acompanhada pela dificuldade em estabelecer a distinção entre experiências internas e externas. Embora primariamente uma doença que afeta os processos cognitivos [de conhecimento], os seus efeitos repercutem-se também no comportamento e nas emoções.
Os
sintomas da esquizofrenia não são os mesmos de indivíduo para indivíduo, podendo aparecer de forma insidiosa e gradual ou, pelo contrário, manifestar-se de forma explosiva e instantânea.
Estes podem ser divididos em duas grandes categorias: sintomas positivos e negativos.


Sintomas positivos:

Os sintomas positivos estão presentes com maior visibilidade na fase aguda da doença e são as perturbações mentais "muito fora" do normal, como que “acrescentadas” às funções psicológicas do indivíduo. Entende-se como sintomas positivos os delírios — ideias delirantes, pensamentos irreais, “ideias individuais do doente que não são partilhadas por um grande grupo”, por exemplo, um indivíduo que acha que está a ser perseguido pela polícia secreta, e acha que é o responsável pelas guerras do mundo; as alucinações, percepções irreais – ouvir, ver, saborear, cheirar ou sentir algo irreal, sendo mais frequente as alucinações auditivo-visuais; pensamento e discurso desorganizado, elaborar frases sem qualquer sentido ou inventar palavras; alterações do comportamento, ansiedade, impulsos, agressividade.

Sintomas negativos:

Os sintomas negativos são o resultado da perda ou diminuição das capacidades mentais, ”acompanham a evolução da doença e refletem um estado deficitário ao nível da motivação, das emoções, do discurso, do pensamento e das relações interpessoais”[2], como a falta de vontade ou de iniciativa; isolamento social; apatia; indiferença emocional; pobreza do pensamento.
Estes sinais não se manifestam todos no indivíduo esquizofrénico. Algumas pessoas vêem-se mais afetadas do que outras, podendo muitas vezes ser incompatível com uma vida normal. A doença pode aparecer e desaparecer em ciclos de recidivas e remissões.
“Não há, contudo, sinais nem sintomas patognomónicos da doença, podendo-se de alguma forma fazer referência a um quadro prodrómico que são em grande parte sintomas negativos, como por exemplo inversão do ciclo de sono, isolamento, perda de interesse por atividades anteriormente agradáveis, apatia, descuido com a higiene pessoal, ideias bizarras, comportamentos poucos habituais, dificuldades escolares e profissionais, entre outras. Posterior a esta fase inicial surgem os sintomas positivos”.
“Diz-se que os primeiros sinais e sintomas de esquizofrenia são insidiosos. O primeiro sintoma de sossego/calma e afastamento, visível num adolescente normalmente passa despercebido como tal, pois remete-se o facto para “é uma fase”. Pode inclusivamente ser um enfermeiro de saúde escolar ou um conselheiro a começar a notar estas mudanças. (…) É importante dizer-se que é muito fácil interpretar incorrectamente estes comportamentos, associando-os à idade.”


Causas

Sabe-se atualmente que não existe uma única causa, mas sim várias que concorrem entre si para o seu aparecimento, sendo muitas as teorias que surgiram para explicar esta doença:

Teoria genética:

A teoria genética admite que vários genes podem estar envolvidos, contribuindo juntamente com os fatores ambientais para o eclodir da doença. Sabe-se que a probabilidade de um indivíduo vir a sofrer de esquizofrenia aumenta se houver um caso desta doença na família. "No caso de um dos pais sofrer de esquizofrenia, a prevalência da doença nos descendentes diretos é de 12%. É o caso do esquizofrênico matemático norte-americano John Nash que divide com o filho, John Charles Martin, a mesma doença. Na situação em que ambos os pais se encontram atingidos pela doença, esse valor sobe para 40%". No entanto, mesmo na ausência de história familiar, a doença pode ainda ocorrer.”. Segundo Gottesman (1991), referenciado por Pedro Afonso (2002), sabe-se ainda que cerca de 81% dos doentes com esquizofrenia não têm qualquer familiar em primeiro grau atingido pela doença e cerca de 91% não têm sequer um familiar afetado.

Teoria neurobiológica:

As teorias neurobiológicas defendem que a esquizofrenia é essencialmente causada por alterações bioquímicas e estruturais do cérebro, em especial com uma disfunção dopaminérgica, embora alterações noutros neurotransmissores estejam também envolvidas. A maioria dos neurolépticos (antipsicóticos) actua precisamente nos receptores da dopamina no cérebro, reduzindo a produção endógena deste neurotransmissor. Exatamente por isso, alguns sintomas característicos da esquizofrenia podem ser desencadeados por fármacos que aumentam a actividade dopaminérgica (ex: anfetaminas). Esta teoria é parcialmente comprovada pelo fato de a maioria dos fármacos utilizados no tratamento da esquizofrenia (neurolépticos) atuarem através do bloqueio dos receptores (D2) da dopamina.

Teoria psicanalítica:

As teorias psicanalíticas (ou de relação precoce) têm como base a teoria freudiana da psicanálise, e remetem para a fase oral do desenvolvimento psicológico, na qual “a ausência de gratificação verbal ou da relação inicial entre mãe e bebê conduz igualmente as personalidades “frias” ou desinteressadas (ou indiferentes) no estabelecimento das relações”. A ausência de relações interpessoais satisfatórias estaria assim na origem da esquizofrenia.

Teoria familiar:

As teorias familiares, apesar de terem bastante interesse histórico, são as que menos fundamento cientifico têm. Surgiram na década de 1950, baseadas umas no tipo de comunicação entre os vários elementos das famílias e aparecendo outras mais ligadas às estruturas familiares. Dos estudos desenvolvidos surge o conceito «mãe esquizofrenogénica», mães possessivas e dominadoras com seus filhos, como gerador de personalidades esquizofrénicas. Estudos posteriores vieram contudo desconfirmar esta hipótese, relacionando aquele comportamento mais com etiologias neuróticas e não com a psicose.

Teoria dos neurotransmissores:

Têm-se um excesso de dopamina na via mesolímbica e falta dopamina na via mesocortical.
Apesar de existirem todas estas hipóteses para a explicação da origem da esquizofrenia, nenhuma delas individualmente consegue dar uma resposta satisfatória às muitas dúvidas que existem em torno das causas da doença, reforçando assim a ideia de uma provável etiologia multifactorial.


Tipos de esquizofrenia:

O diagnóstico da esquizofrenia, como sucede com a maior parte das doenças do foro psiquiátrico, não se pode efectuar através da análise de parâmetros fisiológicos ou bioquímicos, e resulta apenas da observação clínica cuidada das manifestações da doença ao longo do tempo. Aquando do diagnóstico, é importante que o médico exclua outras doenças ou condições que possam produzir sintomas psicóticos semelhantes (abuso de drogas, epilepsia, tumor cerebral, alterações metabólicas). O diagnóstico da esquizofrenia é por vezes difícil.
Para além do diagnóstico, é importante que o médico identifique qual é o subtipo de esquizofrenia em que o doente se encontra. Actualmente, segundo o
DSM IV, existem cinco tipos:
Paranóide, é a forma que mais facilmente é identificada com a doença, predominando os sintomas positivos. O quadro clínico é dominado por um
delírio paranóide relativamente bem organizado. Os doentes com esquizofrenia paranóide são desconfiados, reservados, podendo ter comportamentos agressivos.
Desorganizado, em que os sintomas afectivos e as alterações do pensamento são predominantes. As ideias delirantes, embora presentes, não são organizadas. Alguns doentes pode ocorrer uma irritabilidade marcada associada a comportamentos agressivos. Existe um contacto muito pobre com a realidade.
Catatónico, é caracterizada pelo predomínio de sintomas motores e por alterações da actividade, que podem ir desde um estado de
cansaço e acinético até à excitação.
Indiferenciado, apresenta habitualmente um desenvolvimento insidioso com um isolamento social marcado e uma diminuição no desempenho laboral e intelectual. Observa-se nestes doentes uma certa
apatia e indiferença relativamente ao mundo exterior.
Residual, nesta forma existe um predomínio de sintomas negativos, os doentes apresentam um isolamento social marcado por um embotamento afectivo e uma pobreza ao nível do conteúdo do pensamento.
Existe também a denominada
Esquizofrenia Hebefrênica, com incidência da adolescência, com o pior dos prognósticos em relação às demais variações da doença, e com grandes probabilidades de prejuízos cognitivos e sócio-comportamentais.
Estes subtipos não são estanques, podendo um doente em determinada altura da evolução da sua doença apresentar aspectos clínicos que se identificam com um tipo de esquizofrenia, e ao fim de algum tempo poder reunir critérios de outro subtipo.
Existem várias abordagens terapêuticas na intervenção ao doente esquizofrénico, que na maioria dos casos tem indicação de um tratamento interdisciplinar: o acompanhamento médico-medicamentoso, a
psicoterapia, a terapia ocupacional (individual ou em grupos), a intervenção familiar e a psicoeducação são os procedimentos indicados para estes doentes.
Apesar de não se conhecer a sua cura, o tratamento pode ajudar muito a tratar os sintomas, e a permitir que os doentes possam viver as suas vidas de forma satisfatória e produtiva. A experiência clínica indica que o melhor período para o tratamento da esquizofrenia é com o aparecimento dos primeiros sintomas. Se sintomatologia psicótica permanecer sem tratamento por longos períodos o prognóstico do tratamento é menos favorável. Assim é vital o reconhecimento precoce dos sinais da esquizofrenia para que se possa procurar uma ajuda rápida.


Diagnóstico e questões polêmicas:

A esquizofrenia como entidade de diagnóstico tem sido criticada como desprovida de validade científica ou confiabilidade e é parte de críticas mais amplas à validade dos diagnósticos psiquiátricos em geral. Uma alternativa sugere que os problemas com o diagnóstico seriam melhor atendidos como dimensões individuais ao longo das quais todos variam, de tal forma que haveria um espectro contínuo em vez de um corte de entre normal e doente. Esta abordagem parece coerente com a investigação sobre esquizotipia e de uma relativamente alta prevalência na experiência dos psicóticos e, muitas vezes, crenças delusionais não perturbadoras entre o público em geral.
Outra crítica é que falta coerência nas definições utilizadas para os critérios; é particularmente relevante para a avaliação das ilusões a desordem no pensamento. Mais recentemente, foi alegado que sintomas psicóticos não são uma boa base para a elaboração de um diagnóstico de esquizofrenia como "psicose é a 'febre' de doença mental - um grave mas inespecífico indicador".
Talvez por causa desses fatores, estudos examinando o diagnóstico de esquizofrenia geralmente têm mostrado relativamente baixas ou inconsistentes níveis de confiabilidade diagnóstica. Na maioria dos famosos estudos de
David Rosenhan em 1972 a ser publicados como saudáveis em lugares demente, demonstrou que o diagnóstico de esquizofrenia foi (pelo menos no momento) muitas vezes subjetivo e pouco fiáveis. Estudos mais recentes têm encontrado acordo entre quaisquer dois psiquiatras, quando o diagnóstico de esquizofrenia tende a atingir cerca de 65%, na melhor das hipóteses. Este, e os resultados de estudos anteriores de fiabilidade de diagnóstico (que normalmente relataram níveis ainda mais baixos de acordo), levaram alguns críticos a afirmar que o diagnóstico de esquizofrenia deve ser abandonado.
Em
2004, no Japão, o termo japonês para esquizofrenia foi alterado de Seishin-Bunretsu-Byo (doença da mente dividida) para Togo-shitcho-sho (desordem de integração). Em 2006, ativistas no Reino Unido, sob o estandarte de Campanha para a Abolição do Rótulo de Esquizofrenia, defenderam uma semelhante rejeição do diagnóstico de esquizofrenia e uma abordagem diferente para a compreensão e tratamento dos sintomas associados a ela neste momento.
Alternativamente, os outros proponentes apresentaram utilizando a presença de déficits neurocognitivas específicas para fazer um diagnóstico. Estes assumem a forma de uma redução ou de comprometimento em funções psicológicas básicas, como
memória, atenção, função executiva e resolver problemas. É este tipo de dificuldades, em vez de os sintomas psicóticos (que, em muitos casos, pode ser controlado por medicamentos antipsicóticos), que parece ser a causa da maioria dos deficiência na esquizofrenia. No entanto, este argumento é relativamente novo e é pouco provável que o método de diagnóstico de esquizofrenia vá mudar radicalmente no futuro próximo.
O diagnóstico de esquizofrenia foi usado para fins políticos em vez de terapêuticos, na
União Soviética mais uma sub-classificação de "esquizofrenia que progride lenta" foi criado. Particularmente no RSFSR (República Socialista Federativa Soviética da Rússia), este diagnóstico foi utilizado com a finalidade de silenciar os dissidentes políticos ou forçá-los a desistir de suas idéias através da utilização forçada de confinamento e tratamento. Em 2000, houve preocupações semelhantes quanto detenção e 'tratamento' de praticantes do movimento Falun Gong pelo governo chinês. Isso levou a Comissão da Associação Psiquiátrica Americana Sobre o Abuso de Psiquiatria e psiquiatras a aprovar uma resolução que inste a Associação Psiquiátrica Mundial a investigar a situação na China.

Esquizofrenia e inteligência:

O mesmo gene pode dar origem a uma inteligência fora do comum e a esquizofrenia, segundo um estudo conduzido por investigadores do Instituto Nacional para a Saúde Mental dos Estados Unidos, em Bethesda. Este gene, que os cientistas identificaram como DARPP-32, aumenta a capacidade de raciocínio e de processar informação e melhora o desempenho da memória. No entanto, uma investigação com 257 famílias com historial de esquizofrenia demonstrou que a presença do mesmo gene é bastante comum nas pessoas com a doença. Os cientistas suspeitam que a esquizofrenia possa ser um “efeito secundário” de ter uma inteligência acima da média e que resulta de uma dificuldade do cérebro em lidar com as capacidades “extras”. Isto explicaria por que tantos génios famosos foram também diagnosticados como esquizofrénicos. São exemplo o matemático John Nash, o escritor Jack Kerouac ou o pintor Van Gogh. Actualmente, estima-se que a esquizofrenia afecte um por cento da população mundial. A doença pode provocar alucinações e delírios mas, embora não tenha cura, existem tratamentos que podem ajudar os doentes a ter uma vida quase normal.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Pneumonia.




Pneumonia são infecções que se instalam nos pulmões, órgãos duplos localizados um de cada lado da caixa torácica. Podem acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro).
Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (
bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contacto do ar com o sangue. Diferentes do vírus da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente.

Epidemiologia:

No Brasil, as pneumonias foram a causa básica de 17.220 mortes na faixa etária de 65 anos ou mais, durante o ano de 1996. De acordo com o Serviço de Vigilância Epidemiológica da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), a taxa de hospitalização por gripe e pneumonia em idosos foi de 12,5 por 1.000 habitantes. Os dados de hospitalização do Sistema Único de Saúde (SUS) demonstram que a pneumonia é a terceira causa de internações entre indivíduos com 65 anos de idade ou mais, representando 6,8% do total de internações hospitalares no SUS, com um custo médio unitário de R$ 194,09. Em 1997, 17,8% das Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs) foram decorrentes de doenças respiratórias agudas e pneumonia em idosos, representando um custo de R$99,7 milhões. risos


Sinais e Sintomas:

Febre Alta;
Tosse;
Dor no Tórax;
•Alterações da
Pressão Arterial;
•Confusão
Mental;
•Mal-estar generalizado;
•Falta de Ar;
Secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada ou cor de tijolo, as vezes com rajas de sangue;
Toxemia; e
•Prostração.


Fatores de Risco:

•Idade Avançada/Idosos
Fumo: Provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos;
Álcool: Interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório;
•Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por
vírus e bactérias;
•Constipações mal curadas;
•Mudanças bruscas de temperatura;
•Alergias Respiratórias e Pneumoconioses;
•Internações de longa data;
•Insuficiência Cardíaca;
•Colonização da Orofaringe;
•Aspiração (micro e macro);
•Cirrose Hepática;
•Deficiência Nutricional;
•Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).


Tratamento:

O tratamento das pneumonias requer o uso de antibióticos em caso de origem bacteriana ou fúngica e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar pode fazer-se necessária quando o paciente é idoso, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases.
Os principais
antibióticos usados são as chamadas Quinolonas Respiratórias, dentre as quais podemos citar como exemplo a moxifloxacina, a gatifloxacina e a levofloxacina.


Recomendações / Prevenção:

Não fume e não beba exageradamente;
Observe as instruções do fabricante para a manutenção do ar-condicionado em condições adequadas, limpado-o regularmente;
Não se exponha a mudanças bruscas de temperatura;
Procure atendimento médico para diagnóstico precoce de pneumonia, para diminuir a probabilidade de complicações.
Se tiver mais de 60 anos vacine-se contra a
gripe anualmente.
Está disponível também a vacina contra o pneumococo, o principal agente causador da pneumonia. Ela está indicada para pessoas com maior risco de adquirir a doença e de ter suas complicações: pessoas com doenças crônicas pulmonares, cardíacas, renais, diabéticas, residentes de asilos e pessoas com 60 anos ou mais;
Em pessoas acamadas e/ou com mais de 60 anos (que não realizam nenhuma atividade física) recomenda-se que se faça Tratamento Fisioterápico Preventivo (duas ou três sessões por semana), afim de manter uma boa condição pulmonar destes indivíduos.

sábado, 18 de abril de 2009

Rinite.



Rinite é um termo médico que descreve a irritação e inflamação crônica ou aguda da mucosa nasal. É uma doença que pode ser causada tanto por vírus como por bactérias, embora seja manifestada com mais freqüência em decorrência de alergia, ou por reações ao , fumaça e outros agentes ambientais. A inflamação decorrente da rinite resulta na produção excessiva de muco, gerado pelo acúmulo da histamina, o que ocasiona o escorrimento nasal, sintoma mais típico da rinite.

Tipos:

A rinite pode ser não-alérgica ou alérgica. A não-alérgica é geralmente causada por inflamação que não decorre de alergia ou por problemas na própria anatomia das vias nasais. Já a rinite alérgica, que é a forma mais comum de rinite, é causada geralmente por alérgenos presentes no ar, como o pólen, ácaro e a própria descamação da pele de animais, mas também pode ser provocada devido a reação alérgica à coceira, produtos químicos, cigarros e remédios.

Sintomas:

Rinorréia, coriza, congestão nasal, prurido (coceira) e ardor nos olhos, nariz e boca e espirros constantes. Algumas vezes a doença é acompanhada de febre.

Prevenção:

Deve-se evitar permanecer por muito tempo em locais pouco ventilados; não fumar; não ficar perto de ambientes onde o cheiro é forte; ficar longe do mofo e, em caso de repetição freqüente, procurar algum tratamento preventivo prescrito por um médico otorrinolaringologista.Caso a pessoa seja alérgica, um médico deve ser consultado para que ele indique um tratamento.

Tratamento:

O tratamento da rinite deve ser prescrito por um médico, e inclui medicamentos antialérgicos, descongestionantes, analgésicos, antitérmicos, antiinflamatórios e antibióticos. Em alguns casos extremos, é necessária a incisão cirúrgica.

Rinite Alérgica.

O que é Rinite Alérgica?

Você pode ter Rinite Alérgica, se...

• Tiver vários espirros em sucessão,especialmente pela manhã;
• Seu nariz escorrer, e ficar obstruído; • Você ficar irritado com coceira no nariz, nos olhos e no céu da boca;
• Seu olfato estiver ruim;
• Você tiver dores de cabeça juntamente com outros sintomas semelhantes a estes.

Quais os tipos mais freqüentes?

A rinite medicamentosa é muito freqüente, pois as pessoas usam medicamentos no nariz sem orientação médica, sem saber quais os riscos que estão correndo. Muitos medicamentos usados no nariz podem causar rinite, ao invés de curá-la.
A rinite alérgica é muito comum, especialmente em cidades grandes, onde o ambiente é poluído e a poeira doméstica é abundante, e em locais úmidos, com mofo.
A rinite vasomotora e a rinite causada por irritantes são também muito comuns em cidades grandes, devido ao grande número de poluentes e aos agentes irritantes na atmosfera.
Existe um tipo especial de rinite alérgica, que é causada por pólens, conhecida como "febre do feno", embora não seja causada pelo feno, e não cause febre. Ela ocorre apenas em determinadas épocas do ano, quando existe a polinização das plantas. Esta forma de rinite alérgica é a mais comum nos estados do Brasil onde as estações do ano são bem definidas.

É contagiosa?

A rinite alérgica não é contagiosa, não passa de pessoa para pessoa com o convívio social ou íntimo. Os pais podem transmitir para os filhos através dos genes, das suas características familiares; por isso pais e filhos muitas vezes têm sintomas semelhantes.

Tem cura?

A rinite alérgica tem tratamento, mas não tem cura. Quem tem rinite alérgica pode viver sem sintomas, como qualquer um, quando a rinite for tratada corretamente.

O que piora?
Quanto mais se entrar em contato com as substâncias que causam alergia, piores são os sintomas. Os agentesirritantes da atmosfera poluída pioram muito os sintomas, assim como substâncias químicas e produtosde limpeza. Fumaça de cigarro,inseticida, tintas, combustíveis e até perfumes pioram a rinite alérgica.
Prevenção:

A melhor maneira de tratar a rinite alérgica é a prevenção, com medidas para diminuir a presença de agentes alérgenos na sua casa. É preciso evitar sempre as substâncias que desencadeiam a crise de rinite.
Você precisa saber que O PAPEL MAIS IMPORTANTE NO TRATAMENTO DA RINITE ALÉRGICA É SEU e que, às vezes, pequenas medidas trazem grandes resultados.
• Evite a poeira doméstica e os ácaros;
• Evite agentes e substâncias irritantes.Para evitar a poeira doméstica:
• Retire tudo o que possa juntar poeira em sua casa;
• Tapetes, carpetes, cortinas grossas são locais para o alojamento de ácaros e poeira. Os pisos lisos são muito mais fáceis de limpar e não abrigam ácaros;
• Tapetes finos e pequenos, que possam ser lavados, são mais práticos. Cortinas leves, que possam ser lavadas, são as ideais;
• Passe sempre um pano úmido sobre os móveis e no chão — se possível, diariamente;
• Deixe os ambientes sempre abertos para arejá-los e para que o sol entre neles o maior tempo possível.

Por que a poeira doméstica causa reações alérgicas?

Poeira no ambiente doméstico é a maior causa de nariz entupido e escorrendo, de coceira e espirros durante todo o ano. A poeira de casa também causa tosse e piora da asma.
A poeira de casa é uma mistura de muitos detritos. Ela contém bactérias, fungos, ácaros, que se alimentam de partículas de alimentos, de tecidos e de pele descamada de humanos e animais.
O ácaro é o principal agente na poeira que causa rinite alérgica. Ele é um inseto de oito patas, como uma aranha, e se alimenta de partículas de alimentos e pele humana. Os resíduos que ele produz também causam alergia nas pessoas. O ácaro gosta de ambientes quentes e úmidos, sem luz. Ele não sobrevive em lugares secos e ensolarados. Este inseto vive em lençóis, tapetes, carpetes, colchões, roupas, armários e bancos de automóveis, onde as condições são favoráveis. Os inseticidas normais não matam os ácaros.

Animais causam alergia?

Os animais são parte da nossa vidacotidiana, são companheiros, guardas, dãoe recebem carinho. Infelizmente, pessoasalérgicas devem se precaver quanto atrazer animais para dentro de casa.Os animais podem causar alergia através de sua saliva, urina ou caspa dos pêlos. Além disso, pêlos e penas acumulam ácaros.
Os melhores animais para alérgicos são peixes e tartarugas, que não têm pêlos ou penas.

Para evitar os agentes irritantes:

Evite ambientes com pessoas fumando ou lugares enfumaçados. Se possível, ninguémna casa deve fumar.
Evite contato com substâncias quetenham cheiro forte (tintas,querosene etc.).
Evite contato com as substânciasque fazem mal para você.
Produtos de limpeza: use aquelesque não fazem mal. Use perfumesque não causam alergia ou não useperfume. Evite substâncias em sprays.
Use máscara para fazer faxina ou deixe alguém que não tenha alergia fazê-la por você.
Não use produtos químicos ou combustíveis.

Conseqüências:

A obstrução nasal da rinite pode causar outras conseqüências, como problemas de sono e roncos, desalinhamento dos dentes, otite média crônica, voz anasalada e sinusites.