Histórico
O Strongyloides stercoralis (Bavay, 1986) é o menor dos Nematoda que parasitam o homem em nosso meio e apresenta uma peculiaridade interessante: a única forma parasitária adulta (no intestino delgado humano) é a fêmea partenogenética. Apesar de antigamente ter sido discutida a presença de machos parasitando o homem, hoje já está bem estabelecido que, nessa espécie, o sexo masculino só existe na fase do ciclo de vida livre.
O gênero Strongyloides possui algumas espécies em ratos e macacos que são muito utilizados para estudos de biologia, ensaios terapêuticos e tentativas de desenvolvimento de vacinas. As espécies, que mais se prestam para esses estudos (apesar de não ocorrerem no homem) são: S. ratti e S. venezuelensis, em ratos e S. fulleborni em macacos. Essa última espécie, muito comum entre macacos da Ásia e África, recentemente tem sido muito encontrada parasitando o homem em extensas regiões da floresta equatorial africana, principalmente na zona rural.
Classificação- Sistemática(Filo, Classe, Família, Gênero, Espécie)
Filo: Nemathelminthes, Classe: Nematoda, Família: Rhabdiasidae, Gênero:
Strongyloides, Espécie: Strongyloides stercoralis.
Morfologia das formas evolutivas encontradas no ciclo parasito
- Fêmea partenogenética: apresenta corpo cilíndrico, filiforme, branco, com extremidades afiladas. Mede cerca de 2,5 mm. Boca pequena, esôfago estreito e cilíndrico. Vulva colocada no terço posterior do verme, da qual se origina um útero divergente (anfidelfo); cada ramo possui quatro ou cinco ovos, que são expulsos já com a larva dentro (ovovivípara).
- Larva rabditóide: mede cerca de 200 micra. Esôfago tipicamente rabditóide (com dilatações nas extremidades e constrição na porção mediana). Apresenta também vestíbulo bucal curto, medindo 2 micra, e primórdio genital nítido.
- Larva filarióide: mede cerca de 500 micra. Esôfago tipicamente filarióide (cilíndrico, retilíneo). Apresenta a cauda “entalhada”, o que a diferencia da larva filarióide de ancilostomídeo, que é pontiaguda.
- Macho de vida livre: mede cerca de 0,7 milímetros. Esôfago tipo rabditóide. Cauda recurvada ventralmente, vendo-se ainda dois espículos.
- Fêmea de vida livre: mede cerca de 1,5 milímetros. Esôfago rabditóide. Vulva na região mediana com úteros divergentes, repletos de ovos.
O Strongyloides stercoralis (Bavay, 1986) é o menor dos Nematoda que parasitam o homem em nosso meio e apresenta uma peculiaridade interessante: a única forma parasitária adulta (no intestino delgado humano) é a fêmea partenogenética. Apesar de antigamente ter sido discutida a presença de machos parasitando o homem, hoje já está bem estabelecido que, nessa espécie, o sexo masculino só existe na fase do ciclo de vida livre.
O gênero Strongyloides possui algumas espécies em ratos e macacos que são muito utilizados para estudos de biologia, ensaios terapêuticos e tentativas de desenvolvimento de vacinas. As espécies, que mais se prestam para esses estudos (apesar de não ocorrerem no homem) são: S. ratti e S. venezuelensis, em ratos e S. fulleborni em macacos. Essa última espécie, muito comum entre macacos da Ásia e África, recentemente tem sido muito encontrada parasitando o homem em extensas regiões da floresta equatorial africana, principalmente na zona rural.
Classificação- Sistemática(Filo, Classe, Família, Gênero, Espécie)
Filo: Nemathelminthes, Classe: Nematoda, Família: Rhabdiasidae, Gênero:
Strongyloides, Espécie: Strongyloides stercoralis.
Morfologia das formas evolutivas encontradas no ciclo parasito
- Fêmea partenogenética: apresenta corpo cilíndrico, filiforme, branco, com extremidades afiladas. Mede cerca de 2,5 mm. Boca pequena, esôfago estreito e cilíndrico. Vulva colocada no terço posterior do verme, da qual se origina um útero divergente (anfidelfo); cada ramo possui quatro ou cinco ovos, que são expulsos já com a larva dentro (ovovivípara).
- Larva rabditóide: mede cerca de 200 micra. Esôfago tipicamente rabditóide (com dilatações nas extremidades e constrição na porção mediana). Apresenta também vestíbulo bucal curto, medindo 2 micra, e primórdio genital nítido.
- Larva filarióide: mede cerca de 500 micra. Esôfago tipicamente filarióide (cilíndrico, retilíneo). Apresenta a cauda “entalhada”, o que a diferencia da larva filarióide de ancilostomídeo, que é pontiaguda.
- Macho de vida livre: mede cerca de 0,7 milímetros. Esôfago tipo rabditóide. Cauda recurvada ventralmente, vendo-se ainda dois espículos.
- Fêmea de vida livre: mede cerca de 1,5 milímetros. Esôfago rabditóide. Vulva na região mediana com úteros divergentes, repletos de ovos.
Habitat
As fêmeas partenogenéticas vivem mergulhadas nas criptas da mucosa do duodeno e jejuno.
Forma evolutiva infectante e Mecanismo(s) de infecção
A forma evolutiva infectante é a larva filarióide infectante e o mecanismo de infecção é dado através da penetração da larva filarióide infectante na pele do individuo.
Explicar sucintamente o ciclo de vida do parasito
Esse helminto apresenta dois ciclos evolutivos, ambos monoxênicos:
O primeiro é o direto ou partenogenético no qual as larvas rabditóides chegam ao
exterior junto com as fezes. Sendo depositadas em terreno arenoso, umidade alta e a
temperatura de 25-30°C, as larvas rabditóides se transformam em larvas filarióides
infectantes.
O segundo tipo é o indireto ou o de vida livre, no qual as larvas rabditóides eliminadas
chegam ao exterior junto com as fezes e, alcançando o terreno, transformam-se em
machos e fêmeas de vida livre. Essas formas realizam a cópula e a fêmea realiza
oviposição. Os ovos, já no solo e me condições favoráveis de temperatura e umidade,
tornam-se embrionados. Em seguida os ovos eclodem, pondo em liberdade as larvas
rabditóides que se transformarão em larvas filarióides infectantes, triploides,
responsáveis pelo ciclo indireto.
Principais Sintomas da estrongiloidíase
O paciente apresenta anemia, diarréia, emagrecimento, desidratação e irritabilidade, que são agravados em casos de subnutrição. É freqüente que o paciente se queixe de “peso” no hipocôndrico direito ou de dor semelhante à úlcera duodenal.
Implicações clínicas da auto-infecção e da hiperinfecção
O ciclo de auto-infecção pode acelerar-se, levando à rápida elevação do número de vermes nos órgãos normalmente envolvidos no ciclo biológico, fenômeno conhecido como hiperinfecção. Pode evoluir para estrongiloidíase disseminada, que se estabelece quando ocorre uma aceleração do curso normal do ciclo biológico do parasita e invasão, pelas larvas filariformes, de órgãos como pele, sistema nervoso central, rins, fígado, com alta mortalidade. Esta complicação ocorre com maior freqüência em indivíduos com depressão da imunidade celular por neoplasias (linfomas, leucemias), transplantados renais, alcoólatras e infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida humana.
As fêmeas partenogenéticas vivem mergulhadas nas criptas da mucosa do duodeno e jejuno.
Forma evolutiva infectante e Mecanismo(s) de infecção
A forma evolutiva infectante é a larva filarióide infectante e o mecanismo de infecção é dado através da penetração da larva filarióide infectante na pele do individuo.
Explicar sucintamente o ciclo de vida do parasito
Esse helminto apresenta dois ciclos evolutivos, ambos monoxênicos:
O primeiro é o direto ou partenogenético no qual as larvas rabditóides chegam ao
exterior junto com as fezes. Sendo depositadas em terreno arenoso, umidade alta e a
temperatura de 25-30°C, as larvas rabditóides se transformam em larvas filarióides
infectantes.
O segundo tipo é o indireto ou o de vida livre, no qual as larvas rabditóides eliminadas
chegam ao exterior junto com as fezes e, alcançando o terreno, transformam-se em
machos e fêmeas de vida livre. Essas formas realizam a cópula e a fêmea realiza
oviposição. Os ovos, já no solo e me condições favoráveis de temperatura e umidade,
tornam-se embrionados. Em seguida os ovos eclodem, pondo em liberdade as larvas
rabditóides que se transformarão em larvas filarióides infectantes, triploides,
responsáveis pelo ciclo indireto.
Principais Sintomas da estrongiloidíase
O paciente apresenta anemia, diarréia, emagrecimento, desidratação e irritabilidade, que são agravados em casos de subnutrição. É freqüente que o paciente se queixe de “peso” no hipocôndrico direito ou de dor semelhante à úlcera duodenal.
Implicações clínicas da auto-infecção e da hiperinfecção
O ciclo de auto-infecção pode acelerar-se, levando à rápida elevação do número de vermes nos órgãos normalmente envolvidos no ciclo biológico, fenômeno conhecido como hiperinfecção. Pode evoluir para estrongiloidíase disseminada, que se estabelece quando ocorre uma aceleração do curso normal do ciclo biológico do parasita e invasão, pelas larvas filariformes, de órgãos como pele, sistema nervoso central, rins, fígado, com alta mortalidade. Esta complicação ocorre com maior freqüência em indivíduos com depressão da imunidade celular por neoplasias (linfomas, leucemias), transplantados renais, alcoólatras e infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida humana.
Principais medidas profiláticas:
- educação sanitária em massa;
- serviços de engenharia sanitária;
- uso de privadas ou fossas por toda a população;
- alimentação adequada rica em proteínas, sais minerais, vitaminas, hidrato de carbono;
- levantamento da prevalência e incidência dessa helmintose e tratamento de todas as pessoas positivas. Esse item deve ser repetido com intervalos de seis meses, durante dois anos aproximadamente, a fim de impedir que o homem continue disseminando larvas rabditóides.
Diagnóstico e Tratamento
Diagnóstico Clínico. Não é fácil determinar clinicamente essa verminose e diferenciá-la de outras, uma vez que os sintomas são mais ou menos semelhantes a várias helmintoses intestinais. O diagnóstico clínico diferencial também é difícil, requerendo exames auxiliares, conforme indicado em seguida.
Diagnóstico Laboratorial. Através de técnicas laboratoriais, podemos dar o diagnóstico de certeza do helminto causador das alterações presentes. Para a estrongiloidíase, os métodos indicados são:
- exame de fezes pelo método de Baermann-Moraes ou de Rugai(demonstram as larvas presentes). Muito usados e bastante sensíveis; para esses exames de fezes não se pode usar conservador para não se matar as larvas.
-intradermorreação: antígeno feito com larvas filarióides, liofilizadas, de S. ratti. Inocula-se 0,05ml no antebraço, fazendo-se a leitura 15 minutos após. Pápula maior de 1,2 centímetros ao quadrado indica positividade. É um método bastante sensível e, quando negativo, o resultado é conclusivo, isto é, a pessoa não está parasitada pelo S. stercoralis. Quando positivo, indica que o paciente está ou já esteve parasitado pelo verme. Não é usado rotineiramente, pois o exame de fezes é mais fácil e seguro.
Tratamento.
- educação sanitária em massa;
- serviços de engenharia sanitária;
- uso de privadas ou fossas por toda a população;
- alimentação adequada rica em proteínas, sais minerais, vitaminas, hidrato de carbono;
- levantamento da prevalência e incidência dessa helmintose e tratamento de todas as pessoas positivas. Esse item deve ser repetido com intervalos de seis meses, durante dois anos aproximadamente, a fim de impedir que o homem continue disseminando larvas rabditóides.
Diagnóstico e Tratamento
Diagnóstico Clínico. Não é fácil determinar clinicamente essa verminose e diferenciá-la de outras, uma vez que os sintomas são mais ou menos semelhantes a várias helmintoses intestinais. O diagnóstico clínico diferencial também é difícil, requerendo exames auxiliares, conforme indicado em seguida.
Diagnóstico Laboratorial. Através de técnicas laboratoriais, podemos dar o diagnóstico de certeza do helminto causador das alterações presentes. Para a estrongiloidíase, os métodos indicados são:
- exame de fezes pelo método de Baermann-Moraes ou de Rugai(demonstram as larvas presentes). Muito usados e bastante sensíveis; para esses exames de fezes não se pode usar conservador para não se matar as larvas.
-intradermorreação: antígeno feito com larvas filarióides, liofilizadas, de S. ratti. Inocula-se 0,05ml no antebraço, fazendo-se a leitura 15 minutos após. Pápula maior de 1,2 centímetros ao quadrado indica positividade. É um método bastante sensível e, quando negativo, o resultado é conclusivo, isto é, a pessoa não está parasitada pelo S. stercoralis. Quando positivo, indica que o paciente está ou já esteve parasitado pelo verme. Não é usado rotineiramente, pois o exame de fezes é mais fácil e seguro.
Tratamento.
O melhor medicamento é o tiabendazol(Thiaben). Possui excelente ação medicamentosa contra as fêmeas partenogenéticas, em uma única dose. Nos casos de reinfecções(endógenas ou exógenas) há necessidade de repetição semanal do medicamento, durante cerca de um mês; juntamente com a medicação, há necessidade de se fazer exames de fezes sucessivos, pois o tiabendazol só atua sobre as fêmeas partenogenéticas, e as larvas presentes na corrente sanguínea ou nos tecidos pulmonares poderão dar formas parasitárias. Nos casos de auto infecção interna, em que há constipação intestinal, é importante que além da terapêutica específica se administre um laxativo ao paciente, afim de estimular as defecações diárias e impedir a formação de larvas filarióides pelo retardamento do bolo fecal.
Em todos os casos de terapêutica, é recomendável oferecer ao paciente uma dieta leve, mas rica, e de fácil assimilação.
Em todos os casos de terapêutica, é recomendável oferecer ao paciente uma dieta leve, mas rica, e de fácil assimilação.
3 comentários:
muito bom...me ajudou muuuuuito.obg.
obtive esclarecimento importante sobre o q está ocorrendo com a minha filha.
ssminha esposa esta na uti foi atestado estrgiioidiase a medicaçao conv nao surtio efeito os medicos me falaram de uma certa vacina de uso veterinario com efeito positivo em humanos alguem teria imformaçoes a respeito pos ja autorisei o uso pr.carlos.missoes@live.com
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