Pertússis, coqueluche ou tosse convulsa é uma doença altamente contagiosa e perigosa para crianças causada pela bactéria Bordetella pertussis, prevenível por vacinação, que causa tosse violenta contínua e dolorosa.
Bordetella pertussis:
A Haemophilus pertussis (antiga Bordetella pertussis) é um pequeno cocobacilo (meio micrómetro) Gram-negativo imóvel.
Têm factores de adesão à mucosa como fímbrias, hemaglutininas. Produzem citotoxinas e a toxina da pertussis, uma toxina AB, com a porção B especifica para receptores existentes na célula alvo, para o interior das quais é endocitada. A porção A é a toxina propriamente dita: tem actividade de enzima ADP-ribosil transferase, aumentando om AMPc, um importante mediador intracelular cujo efeito nas células da mucosas bronquica é a produção muito acelerada de muco. A toxina também desregula os macrófagos, resultando em resistência à fagocitose.
A espécie Bordetella parapertussis, causa uma doença semelhante, porém menos violenta.
Têm factores de adesão à mucosa como fímbrias, hemaglutininas. Produzem citotoxinas e a toxina da pertussis, uma toxina AB, com a porção B especifica para receptores existentes na célula alvo, para o interior das quais é endocitada. A porção A é a toxina propriamente dita: tem actividade de enzima ADP-ribosil transferase, aumentando om AMPc, um importante mediador intracelular cujo efeito nas células da mucosas bronquica é a produção muito acelerada de muco. A toxina também desregula os macrófagos, resultando em resistência à fagocitose.
A espécie Bordetella parapertussis, causa uma doença semelhante, porém menos violenta.
Epidemiologia:
A B. pertussis existe em todo o mundo e só infecta seres humanos. Estima-se que ocorram cerca de 30 a 50 milhões de casos por ano que terminam em 300 000 mortes. Em termos gerais, os pacientes são crianças com menos de um ano de idade, 90% dos casos ocorrendo em países em vias de desenvolvimento.
A B. pertussis é transmitida pela inalação de gotas expulsas pela tosse de um doente. As bactérias aderem fortemente ao epitélio ciliado dos brônquios sem invadir as células, permanecendo sempre no lúmen.
A B. pertussis é transmitida pela inalação de gotas expulsas pela tosse de um doente. As bactérias aderem fortemente ao epitélio ciliado dos brônquios sem invadir as células, permanecendo sempre no lúmen.
Progressão e sintomas:
de 10 a 14 dias, surge a fase de expulsão de catarro, com rinorreia, espirros e tosse moderada, que dura duas semanas. A inflamação dos bronquios, com áreas de necrose, aumenta nesta fase.
Após esta fase estabelece-se um tipo de tosse diferente, convulsiva, continua e dolorosa durante em média três semanas e pode ser seguida de vómitos. A tosse segue-se a uma inspiração com som caracteristico, tipo silvo (mais conhecido como "guincho").
Se o doente sobreviver, a fase de convalescença dura também várias semanas. A pertussis mata 1-2% das crianças com menos de um ano atingidas.
Pode haver encefalopatia, presumivelmente devido à toxina, em 0,4% dos casos.
As complicações possiveis são devidas a organismos (como pneumococo ou Haemophylus influenzae) que aproveitam as lesões da mucosa para invadir o parênquima pulmonar, causando pneumonia.
Complicações
As complicações mais comuns afetam as vias respiratórias. Os lactentes apresentam um risco especial de lesão devido à falta de oxigênio após períodos de apnéia (paradas respiratórias transitórias) ou episódios de tosse. As crianças podem apresentar pneumonia, a qual pode ser fatal. Durante os episódios de tosse, o ar pode ser impulsionado dos pulmões para o interior dos tecidos que os circundam ou os pulmões podem romper e colapsar (pneumotórax). Os episódios de tosse intensa podem causar hemorragia ocular, nas membranas mucosas e, ocasionalmente, na pele ou no cérebro. Pode ocorrer a formação de uma úlcera sob a língua quando esta é comprimida contra os dentes inferiores durante os episódios de tosse. Ocasionalmente, a tosse pode causar prolapso retal (exteriorização do reto) ou uma hérnia umbilical, a qual pode ser observada como uma protuberância.
Os lactentes podem apresentar convulsões, mas elas são raras em crianças maiores. A hemorragia, o edema ou a inflamação cerebral podem causar lesão cerebral e retardo mental, paralisia ou outros distúrbios neurológicos. A otite média (infecção do ouvido) também ocorre freqüentemente em conseqüência da coqueluche.
Após esta fase estabelece-se um tipo de tosse diferente, convulsiva, continua e dolorosa durante em média três semanas e pode ser seguida de vómitos. A tosse segue-se a uma inspiração com som caracteristico, tipo silvo (mais conhecido como "guincho").
Se o doente sobreviver, a fase de convalescença dura também várias semanas. A pertussis mata 1-2% das crianças com menos de um ano atingidas.
Pode haver encefalopatia, presumivelmente devido à toxina, em 0,4% dos casos.
As complicações possiveis são devidas a organismos (como pneumococo ou Haemophylus influenzae) que aproveitam as lesões da mucosa para invadir o parênquima pulmonar, causando pneumonia.
Complicações
As complicações mais comuns afetam as vias respiratórias. Os lactentes apresentam um risco especial de lesão devido à falta de oxigênio após períodos de apnéia (paradas respiratórias transitórias) ou episódios de tosse. As crianças podem apresentar pneumonia, a qual pode ser fatal. Durante os episódios de tosse, o ar pode ser impulsionado dos pulmões para o interior dos tecidos que os circundam ou os pulmões podem romper e colapsar (pneumotórax). Os episódios de tosse intensa podem causar hemorragia ocular, nas membranas mucosas e, ocasionalmente, na pele ou no cérebro. Pode ocorrer a formação de uma úlcera sob a língua quando esta é comprimida contra os dentes inferiores durante os episódios de tosse. Ocasionalmente, a tosse pode causar prolapso retal (exteriorização do reto) ou uma hérnia umbilical, a qual pode ser observada como uma protuberância.
Os lactentes podem apresentar convulsões, mas elas são raras em crianças maiores. A hemorragia, o edema ou a inflamação cerebral podem causar lesão cerebral e retardo mental, paralisia ou outros distúrbios neurológicos. A otite média (infecção do ouvido) também ocorre freqüentemente em conseqüência da coqueluche.
Diagnóstico:
É feito por cultura em meio artificial de amostras da expectoração, observação microscópica e analise bioquimica.
Em média, os sintomas começam 7 a 10 dias após a exposição à bactéria causadora da coqueluche. As bactérias invadem o revestimento da garganta, da traquéia e das vias aéreas, aumentando a secreção de muco. A princípio, o muco é fluido, mas, a seguir, ele torna-se mais espesso e viscoso. A infecção dura aproximadamente 6 semanas, evoluindo em três estágios: estágio catarral (sintomas leves semelhantes ao de um resfriado), estágio paroxístico (episódios de tosse intensa) e estágio de convalescença (recuperação gradual).
O médico que examina uma criança no primeiro estágio (catarral) tem de saber diferenciar a coqueluche da bronquite, da gripe e de outras infecções virais e inclusive da tuberculose, uma vez que todas essas doenças produzem sintomas parecidos. O médico coleta amostras de muco do nariz e da garganta com um swab. A seguir, é realizada a cultura da amostra em laboratório. Quando a criança encontra-se no estágio inicial da doença, a cultura do material consegue identificar as bactérias responsáveis pela coqueluche em 80 a 90% dos casos. Infelizmente, a cultura dessas bactérias nas fases mais avançadas da doença é difícil, embora a tosse esteja em sua pior fase. Os resultados podem ser obtidos mais rapidamente através do exame de amostras para detectar bactérias da coqueluche utilizando corantes de anticorpos especiais, mas esta técnica é menos confiável.
Em média, os sintomas começam 7 a 10 dias após a exposição à bactéria causadora da coqueluche. As bactérias invadem o revestimento da garganta, da traquéia e das vias aéreas, aumentando a secreção de muco. A princípio, o muco é fluido, mas, a seguir, ele torna-se mais espesso e viscoso. A infecção dura aproximadamente 6 semanas, evoluindo em três estágios: estágio catarral (sintomas leves semelhantes ao de um resfriado), estágio paroxístico (episódios de tosse intensa) e estágio de convalescença (recuperação gradual).
O médico que examina uma criança no primeiro estágio (catarral) tem de saber diferenciar a coqueluche da bronquite, da gripe e de outras infecções virais e inclusive da tuberculose, uma vez que todas essas doenças produzem sintomas parecidos. O médico coleta amostras de muco do nariz e da garganta com um swab. A seguir, é realizada a cultura da amostra em laboratório. Quando a criança encontra-se no estágio inicial da doença, a cultura do material consegue identificar as bactérias responsáveis pela coqueluche em 80 a 90% dos casos. Infelizmente, a cultura dessas bactérias nas fases mais avançadas da doença é difícil, embora a tosse esteja em sua pior fase. Os resultados podem ser obtidos mais rapidamente através do exame de amostras para detectar bactérias da coqueluche utilizando corantes de anticorpos especiais, mas esta técnica é menos confiável.
Tratamento:
A prevenção com vacina, obrigatória segundo os esquemas de vacinação (é incluida na antiga tríplice agora, tetravalente) é a única medida eficaz. A vacinação erradicou a doença dos países onde é praticada eficientemente.
O tratamento com antibióticos como macrolídeos é mais eficaz se administrado durante a fase catarral. Na fase paroxistica já há pouco a fazer.
O tratamento com antibióticos como macrolídeos é mais eficaz se administrado durante a fase catarral. Na fase paroxistica já há pouco a fazer.
Prevenção:
As crianças são vacinadas sistematicamente contra a coqueluche. Em geral, a vacina contra coqueluche é combinada com as vacinas contra a difteria e o tétano, a vacina DTP (difteriatétano- pertussis). O antibiótico eritromicina é administrado como medida profilática às pessoas expostas à coqueluche.
História:
Foi descrita pela primeira vez em 1578, mas a B. pertussis só foi isolada em 1907 pelos franceses Jules Bordet e Octave Gengou. A vacina foi desenvolvida em 1926. O genoma da bactéria foi sequenciado em 2002.
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