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domingo, 3 de maio de 2009

Crises de alergia – agravamento pelo ar frio e seco.





No inverno, período em que o ar está mais seco e frio, as crises alérgicas tornam-se mais freqüentes, aumentando o incômodo de quem convive com o problema durante todo o ano. Para os mais distraídos, no entanto, os sinais de alergia podem parecer uma gripe ou resfriado comum. A doença - geneticamente determinada - é uma reação exagerada do organismo diante do contato com agressores ambientais (ou alérgenos), como os ácaros, que penetram no corpo e são estranhos a ele.
A "invasão" estimula uma resposta do sistema imunológico. Sozinho, o fator genético não é uma garantia de que a doença vai se manifestar. Para o ataque da alergia é preciso, também, algum agente ambiental. Os principais são os ácaros - causadores da doença em 83% dos alérgicos - os fungos (mofo), os pêlos de animais e os restos de barata. A alergia não é contagiosa, mas é normalmente transmitida de um pai alérgico para o filho ou do avô para o neto. Normalmente, o fator determinante para que a doença se manifeste está dentro de casa. Os ácaros, aracnídeos microscópicos, por exemplo, se alimentam de restos de pele, cabelos, alimentos e fungos.
Dados de um levantamento epidemiológico internacional apontam que até a década de 1970, cerca de 10% da população mundial apresentava algum tipo de alergia. Nos anos 90, o índice já era de 20% e em 2001, estima-se que seja de cerca de 35%. As previsões não são animadoras. Calcula-se que até 2010, cerca de 50% das pessoas terão algum tipo de alergia.


As manifestações mais comuns do problema são as rinites alérgicas, que respondem por cerca de 30% dos casos alérgicos e a asma brônquica, responsável por 25%. É comum que as duas doenças apareçam associadas. Normalmente, os casos de asma podem ter manifestações mais graves. A contração dos brônquios impede a chegada do ar até os pulmões. Nas crises mais graves, o paciente pode morrer por asfixia.
A alergia é uma doença crônica. No inverno, a mucosa das vias aéreas fica mais irritada, o que deixa a defesa do organismo baixa e, conseqüentemente, propicia a ocorrência da crise. A doença pode se manifestar no nariz (rinite), nos olhos (conjuntivite) e nos pulmões (asma brônquica). Segundo especialistas, os índices de pessoas acometidas com a doença vêm aumentando sistematicamente nos últimos anos, no Brasil e no mundo.
Espirros freqüentes, nariz entupido e coriza. Esses são os sintomas mais comuns de um mal que persegue mais de 20% da população brasileira: a alergia. No inverno, período em que o ar está mais seco e frio, as crises se tornam freqüentes, aumentando o incômodo de quem convive com o problema durante todo o ano. Para os mais distraídos, no entanto, os sinais de alergia podem parecer uma gripe ou resfriado.


Diagnosticar essa doença não é difícil. O primeiro passo é conhecer a história familiar, os hábitos de vida e o ambiente onde vive o alérgico. Para um tratamento eficaz, o melhor é identificar quais são os agentes causadores do problema. Um dos recursos utilizados pelos médicos é o teste alérgico cutâneo. Sem injeção, o médico coloca uma gota com partículas de vários tipos de agressor sobre a pele, observando se há formação de alguma lesão no local. O resultado sai em 20 minutos.
Um exame de sangue também pode ser utilizado na identificação dos alérgenos. Uma das novidades que deve chegar ao mercado brasileiro é o kit de manuseio individual, usado nos Estados Unidos e na Europa. O kit contém uma fita embebida em anticorpo monoclonal contra os alérgenos. O agente causador e a intensidade de sua presença são constatados em uma hora com a mudança da cor da fita. O kit custa em torno de 25 dólares.


Depois que os agentes são descobertos, há diversas medicações específicas para diminuir os sintomas durante uma crise e para combater a doença. Além da imunoterapia específica, existe uma vacina desenvolvida contra o alérgeno. A dose precisa ser tomada uma vez por semana, durante um período prolongado. Os alérgicos também podem, regularmente, usar medicamentos preventivos, normalmente por via inalatória. As tradicionais "bombinhas" - remédio em forma de spray - muito usadas pelos asmáticos, apresentam efeitos colaterais mínimos.
Para as crises, os remédios mais empregados são os antihistamínicos ou antialérgicos. No caso dos pacientes asmáticos, os broncodilatadores facilitam a passagem do ar. Se o paciente for acometido por uma conjuntivite, há colírios específicos para os alérgicos. Nas reações alérgicas intensas, os corticosteróides são recomendados.


É possível prevenir a alergia. Para isso, é necessário um ataque aos agentes que desencadeiam a doença. A maior parte deles convive muito bem com os seres humanos no ambiente doméstico. Atualmente, as pessoas ficam muito mais tempo dentro de casa. Além disso, elementos como carpetes, tapetes e cortinas são muito comuns. Todos eles facilitam a sobrevivência dos agentes agressores.
Os especialistas alertam que, apesar das propagandas, não há aparelhos eficazes que combatam os ácaros. Os aracnídeos microscópicos precisam de uma temperatura entre 18º e 32º C para sobreviver. Diariamente, produzem cerca de 35 bolotas fecais. Em uma cama de casal existem cerca de dois milhões de ácaros e 60 milhões de bolotas fecais. Os estudiosos explicam que as bolotas ressecam e contaminam o ar, entrando pela respiração e provocando as reações "alérgicas". O segredo é ter uma casa bem limpa. Travesseiros e colchões devem ser impermeabilizados. Nos locais onde a permanência é maior, a limpeza deve ser redobrada e os objetos que retém poeira devem ser evitados.
O alérgico também não deve participar da faxina. Se isso não for possível, o ideal é se proteger com uma máscara com filtro. Mofo, aspiradores de pó com funcionamento irregular e cobertores que soltam fios, facilitam a existência de agentes agressores. Vale lembrar que a alergia não é o único problema respiratório do inverno. Nesse período, é comum um aumento nos casos de gripes, resfriados e infecções bacterianas.

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