BuscaPé, líder em comparação de preços na América Latina

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Vias de Administração de Medicamentos.


ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARENTERAIS

Definição: É a administração de medicamentos através de injeção no organismo, com a utilização de seringa e agulha. Toda terapêutica parenteral envolve uso de equipamentos estéril e soluções estéreis.


Material necessário:

Seringas:

Constituição:

· Cilindro ou corpo - onde está em cm3 ou unidades;

· Embolo - parte que deve permanecer estéril;

· Extremidade superior do embolo - local que pode ser manuseado;

· Bulbo - única parte da agulha que se pega;

· Cânula - parte que será introduzida nos tecidos;

· Bisel - extremidade da cânula.


Graduação:

  • 1cm3, 3cm3, 5cm3, 10cm3, 20cm3, 50cm3 e 100 cm3.
  • seringas de 1cm3 - usadas para preparar insulina, com graduação de 40U, 80U e 100U.

Agulhas: de acordo com a constituição física do paciente X idade X soluções a serem administradas: 40X12 – 30X8 – 25X7 – 13X4,5 – etc.


Modo de Preparar:

· Montar a seringa, cuidar para não contaminar a parte interna;

· Adaptar a agulha ao bico da seringa;

· Certificar-se do funcionamento da seringa, verificando também se a agulha está firmemente adaptada;

· Introduzir a agulha na ampola e proceder a aspiração do seu conteúdo;

· Virar a seringa com a agulha para cima, em posição vertical e expelir o ar que tenha penetrado.

· Sendo medicamento em (frasco) pó:

  • Retirar a tampa, limpar a borracha com algodão em álcool a 70%;
  • Preparar a seringa escolhendo uma agulha de maior calibre;
  • Aspirar o líquido da ampola, introduzindo-a no frasco;
  • Retirar a seringa;
  • Fazer movimentos no frasco, evitando formação de espuma;
  • Colocar ar na seringa na mesma posição do líquido introduzido e injetá-lo no frasco;
  • Erguer um pouco o frasco, aspirando todo o seu conteúdo;
  • Trocar a agulha; Desprezar a agulha usada para aspirar;
  • Escolher para aplicação uma agulha do calibre apropriado ao tipo de solução e constituição física do paciente;
  • Manter a agulha protegida com a ampola vazia ou com encape próprio;
  • Colocar na bandeja.

MEDICAÇÃO INTRADÉRMICA (ID) – Prática utilizada com restrição

Injeção de pequena quantidade de líquido na camada dérmica da pele (até 0,5ml). Usada como medida diagnóstica como nos testes tuberculínicos e de alergias.

Área de aplicação:

  • Face interna do antebraço e região escapular;
  • Posição da agulha: ângulo de 15º com o bisel para cima.


Método:

· Firmar a pele com os dedos polegar e indicador da mão esquerda;

· Introduzir a medicação;

· Retirar a agulha, não fazer pressão no local.

Obs.:

· Geralmente é feita sem antissepsia para não atrapalhar a reação da droga;

· Deve formar uma pequena pápula semelhante a casca de laranja.


INJEÇÃO SUBCUTÂNEA (SC)

Utilização do tecido subcutâneo, para introdução de drogas que não necessitam ser tão rapidamente absorvidas; Indicada quando se pretende uma absorção contínua e segura do medicamento. Ex.: drogas como a insulina, adrenalina, etc.


Áreas de aplicação:

· Região escapular;

· Parte externa superior do braço (região deltoidiana);

· Face interna do antebraço;

· Face externa da coxa;

· Abdome na região periumbilical.

Posição da agulha:

· Ângulo de 45º com bisel para cima – se agulha 25X7

· Ângulo de 90º com bisel para cima – se agulha 13X4,5

Técnica:

· Preparar a medicação;

· Explicar ao paciente o que vai ser feito e deixá-lo confortável;

· Observar as condições de massa muscular de cada paciente;

· O local de aplicação - Tecido subcutâneo deverá estar livre de qualquer tipo de lesão;

· Fazer a antissepsia do local utilizando álcool a 70%;

· Retirar o protetor da agulha somente no momento de realizar a punção;

· Após puncionar o tecido realizar o teste de aspiração, para eliminar a possibilidade de ter puncionado vaso sanguíneo;

· Injetar a medicação lentamente – não ultrapassar o volume de 1,5ml;

· Não utilizar áreas com tecido cicatricial, saliências ósseas, com grandes vasos sanguíneos e nervos;

· Alterar locais de administração de forma que não sejam dadas, na mesma área, duas doses consecutivas (observar áreas de rodízio) – evitar LIPODISTROFIA;

· Não massagear o local;

· Observar o paciente alguns minutos para ver se apresenta alteração;

· Deixar o paciente confortável;

· Desprezar materiais utilizados, observando especificidade de cada um;

· Lavar as mãos;

· Fazer registros de enfermagem necessários em prontuário.


MEDICAÇÃO INTRAMUSCULAR (IM):

· Introdução de medicamentos no tecido muscular. Trazem como principais vantagens em relação ao tecido subcutâneo: uma maior velocidade de absorção e a possibilidade de injeção de maior quantidade de líquido (Até 5 ml em cada músculo – Se Detóide: até 3ml)

Locais de aplicação:

· Região deltoideana - face lateral do braço 4 dedos abaixo do ombro – a partir do acrômio;

· Região glútea - quadrante superior externo do glúteo;

· Região da face ântero-lateral da coxa - terço médio do músculo vasto-lateral.

Técnica:

· Preparo de medicamento conforme técnica descrita;

· Levar o material para perto do paciente, colocando a bandeja sobre a mesinha;

· Explicar o que vai ser feito e expor a área de aplicação;

· Com os dedos polegar e indicador da mão direita segurar o corpo da seringa, e colocar o dedo médio sobre o canhão da agulha;

· Com a mão esquerda proceder a antessepsia do local. Depois manter a algodão entre os dedos mínimo e anular da mesma mão;

· Ainda com a mão esquerda, esticar a pele, segurando firmemente o músculo;

· Introduzir rapidamente a agulha com o bisel voltado para baixo na posição vertical;

· Puxar o êmbolo aspirando para verificar se não lesionou algum vaso;

· Introduzir a medicação, vagarosamente;

· Terminada a aplicação, retirar rapidamente a agulha e fazer uma ligeira pressão com algodão;

· Observar o paciente durante alguns minutos;

· Deixar o paciente confortável;

· Desprezar materiais utilizados, observando especificidade de cada um;

· Lavar as mãos;

· Fazer registros de enfermagem necessários em prontuário.

Obs.:

  • Caso venha sangue na seringa ao fazer a aplicação, retirar imediatamente e fazer compressão local. Após, aplicar em outro local;
  • Injeções de mais de 4ml não devem ser aplicados no deltóide.


VIA ENDOVENOSA (EV)

É a administração de uma droga diretamente na veia, a fim de obter uma ação imediata do medicamento.

Locais de aplicação:

A medicação poderá ser administrada em qualquer veia periférica acessível, sendo os principais locais: a dobra do cotovelo, braço, antebraço e dorso das mãos. As veias preferenciais são a basílica e a cefálica.

OBS.:

· A solução deve ser cristalina, não oleosa e não conter flocos em suspensão;

· Retirar todo o ar da seringa para não deixar entrar ar na circulação;

· Aplicar lentamente, observando as reações do paciente;

· Fazer rodízio dos locais de aplicação;

· Durante a administração do medicamento aspirar para verificar se a agulha ainda permanece na veia;

· No caso de haver necessidade de administrar dois medicamentos ao mesmo tempo, puncionar a veia apenas uma vez, usando uma seringa para cada droga;

· Usar material em bom estado: seringa bem adaptada, agulha sem ponta romba;

· Retirar a agulha na presença de hematoma, infiltração ou dor, pois isto indica que a veia foi transfixada ou a agulha está fora dela; retirar a agulha, pedindo ao paciente para manter o braço fletido. A nova punção deverá ser em outro membro;

· Usar de artifícios para melhorar a visualização das veias: aquecer ou massagear o local, pedir para o paciente abrir e fechar a mão com o braço voltado par baixo.

Material:

· luvas de procedimento;

· algodão com álcool a 70%;

· Garrote;

· Agulha 25x7mm, 25x8mm ou de acordo com o calibre do vaso, ou scalp, de preferência nº 25 e 23;

· Medicação prescrita.

Técnica de injeção EV com seringa:

  • Preparo da injeção conforme técnica prescrita;
  • Levar a bandeja para perto do paciente;
  • Deixar a bandeja na mesinha e preparar o paciente, explicando o que vai fazer;
  • Observar as condições do membro a ser puncionado;
  • Colocar o membro do paciente em posição confortável;
  • Expor a área de aplicação;
  • Selecionar a veia mais adequada para a punção, considerando o tipo de medicação e o tempo de infusão;
  • Fixar o garrote sem compressão exagerada, cerca de 4 dedos acima do local escolhido para aplicação da injeção;
  • Calçar as luvas;
  • Pedir ao paciente abrir e fechar a mão diversas vezes e depois conservá-la fechada, mantendo o braço imóvel;
  • Fazer a anti-sepsia ampla do local, com movimento de baixo para cima, com algodão embebido em álcool a 70%;
  • Fixar a veia com o polegar da mão esquerda, sem tocar na região da aplicação;
  • Colocar o indicador da mão direita sobre o canhão da agulha e, com os demais dedos, segurar a seringa;
  • Se a veia for fixa, penetrar pela face anterior, se for móvel penetrar por uma das faces laterais, empurrando-a com a agulha até fixá-la;
  • Evidenciando a presença de sangue na seringa retirar o garrote e pedir para o paciente abrir a mão;
  • Injetar lentamente para evitar sobrecarga circulatória;
  • Observar o paciente;
  • Retirar a agulha e comprimir o vaso com algodão, solicitando ao paciente para permanecer com o braço fletido;
  • Deixar o paciente confortável;
  • Desprezar materiais utilizados, observando especificidade de cada um;
  • Lavar as mãos;
  • Fazer registros de enfermagem necessários em prontuário.

OBS:

  • Administração de medicamentos por via EV também pode ser realizada utilizando escalpe adaptado à seringa;
  • Substituir o cateter a cada tentativa de punção, caso tenha contaminado.

Caso o paciente esteja em uso de acesso venoso – NAS INJEÇÕES:

· Fazer desinfecção do injetor lateral do equipo, utilizando álcool a 70%;

· Desconectar a infusão venosa – evitando contaminação da ponta do equipo;

· Puncionar a borracha do injetor lateral;

· Realizar o teste do “retorno venoso”;

· Injetar a medicação lentamente – observar reações do paciente;

· Utilizar agulhas de baixo calibre para injetar medicamentos nos injetores laterais dos equipos.

Caso o paciente esteja em uso de acesso venoso – NAS INFUSÕES:

· Utilizar polifix para a administração de medicamentos;

· Retirar a tampa do polifix ;

· Fazer desinfecção da ponta do polifix, escalpe ou jelco, utilizando álcool a 70%;

· Realizar o teste do “retorno venoso”;

· Conectar a medicação a ser infundida;

· Controlar o gotejamento desejado;

· Manter supervisão periódica até término da infusão;

· Nunca introduzir agulha descartável no injetor lateral do equipo de soro, para a administração de medicação EV infusão.

Nenhum comentário: