ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARENTERAIS
Material necessário:
· Cilindro ou corpo - onde está em cm3 ou unidades;
· Embolo - parte que deve permanecer estéril;
· Extremidade superior do embolo - local que pode ser manuseado;
· Bulbo - única parte da agulha que se pega;
· Cânula - parte que será introduzida nos tecidos;
· Bisel - extremidade da cânula.
Graduação:
- 1cm3, 3cm3, 5cm3, 10cm3, 20cm3, 50cm3 e 100 cm3.
- seringas de 1cm3 - usadas para preparar insulina, com graduação de 40U, 80U e 100U.
Agulhas: de acordo com a constituição física do paciente X idade X soluções a serem administradas: 40X12 – 30X8 – 25X7 – 13X4,5 – etc.
· Montar a seringa, cuidar para não contaminar a parte interna;
· Adaptar a agulha ao bico da seringa;
· Certificar-se do funcionamento da seringa, verificando também se a agulha está firmemente adaptada;
· Introduzir a agulha na ampola e proceder a aspiração do seu conteúdo;
· Virar a seringa com a agulha para cima, em posição vertical e expelir o ar que tenha penetrado.
· Sendo medicamento em (frasco) pó:
- Retirar a tampa, limpar a borracha com algodão em álcool a 70%;
- Preparar a seringa escolhendo uma agulha de maior calibre;
- Aspirar o líquido da ampola, introduzindo-a no frasco;
- Retirar a seringa;
- Fazer movimentos no frasco, evitando formação de espuma;
- Colocar ar na seringa na mesma posição do líquido introduzido e injetá-lo no frasco;
- Erguer um pouco o frasco, aspirando todo o seu conteúdo;
- Trocar a agulha; Desprezar a agulha usada para aspirar;
- Escolher para aplicação uma agulha do calibre apropriado ao tipo de solução e constituição física do paciente;
- Manter a agulha protegida com a ampola vazia ou com encape próprio;
- Colocar na bandeja.
-
Injeção de pequena quantidade de líquido na camada dérmica da pele (até 0,5ml). Usada como medida diagnóstica como nos testes tuberculínicos e de alergias.
Área de aplicação:
- Face interna do antebraço e região escapular;
- Posição da agulha: ângulo de 15º com o bisel para cima.
Método:
· Firmar a pele com os dedos polegar e indicador da mão esquerda;
· Introduzir a medicação;
· Retirar a agulha, não fazer pressão no local.
· Geralmente é feita sem antissepsia para não atrapalhar a reação da droga;
· Deve formar uma pequena pápula semelhante a casca de laranja.
Utilização do tecido subcutâneo, para introdução de drogas que não necessitam ser tão rapidamente absorvidas; Indicada quando se pretende uma absorção contínua e segura do medicamento. Ex.: drogas como a insulina, adrenalina, etc.
Áreas de aplicação:
· Região escapular;
· Parte externa superior do braço (região deltoidiana);
· Face interna do antebraço;
· Face externa da coxa;
· Abdome na região periumbilical.
Posição da agulha:
· Ângulo de 45º com bisel para cima – se agulha 25X7
· Ângulo de 90º com bisel para cima – se agulha 13X4,5
Técnica:
· Preparar a medicação;
· Explicar ao paciente o que vai ser feito e deixá-lo confortável;
· Observar as condições de massa muscular de cada paciente;
· O local de aplicação - Tecido subcutâneo deverá estar livre de qualquer tipo de lesão;
· Fazer a antissepsia do local utilizando álcool a 70%;
· Retirar o protetor da agulha somente no momento de realizar a punção;
· Após puncionar o tecido realizar o teste de aspiração, para eliminar a possibilidade de ter puncionado vaso sanguíneo;
· Injetar a medicação lentamente – não ultrapassar o volume de 1,5ml;
· Não utilizar áreas com tecido cicatricial, saliências ósseas, com grandes vasos sanguíneos e nervos;
· Alterar locais de administração de forma que não sejam dadas, na mesma área, duas doses consecutivas (observar áreas de rodízio) – evitar LIPODISTROFIA;
· Não massagear o local;
· Observar o paciente alguns minutos para ver se apresenta alteração;
· Deixar o paciente confortável;
· Desprezar materiais utilizados, observando especificidade de cada um;
· Lavar as mãos;
· Fazer registros de enfermagem necessários em prontuário.
· Introdução de medicamentos no tecido muscular. Trazem como principais vantagens em relação ao tecido subcutâneo: uma maior velocidade de absorção e a possibilidade de injeção de maior quantidade de líquido (Até 5 ml em cada músculo – Se Detóide: até 3ml)
· Região deltoideana - face lateral do braço 4 dedos abaixo do ombro – a partir do acrômio;
· Região glútea - quadrante superior externo do glúteo;
· Região da face ântero-lateral da coxa - terço médio do músculo vasto-lateral.
· Preparo de medicamento conforme técnica descrita;
· Levar o material para perto do paciente, colocando a bandeja sobre a mesinha;
· Explicar o que vai ser feito e expor a área de aplicação;
· Com os dedos polegar e indicador da mão direita segurar o corpo da seringa, e colocar o dedo médio sobre o canhão da agulha;
· Com a mão esquerda proceder a antessepsia do local. Depois manter a algodão entre os dedos mínimo e anular da mesma mão;
· Ainda com a mão esquerda, esticar a pele, segurando firmemente o músculo;
· Introduzir rapidamente a agulha com o bisel voltado para baixo na posição vertical;
· Puxar o êmbolo aspirando para verificar se não lesionou algum vaso;
· Introduzir a medicação, vagarosamente;
· Terminada a aplicação, retirar rapidamente a agulha e fazer uma ligeira pressão com algodão;
· Observar o paciente durante alguns minutos;
· Deixar o paciente confortável;
· Desprezar materiais utilizados, observando especificidade de cada um;
· Lavar as mãos;
· Fazer registros de enfermagem necessários em prontuário.
- Caso venha sangue na seringa ao fazer a aplicação, retirar imediatamente e fazer compressão local. Após, aplicar em outro local;
- Injeções de mais de 4ml não devem ser aplicados no deltóide.
VIA ENDOVENOSA (EV)
É a administração de uma droga diretamente na veia, a fim de obter uma ação imediata do medicamento.
Locais de aplicação:
A medicação poderá ser administrada em qualquer veia periférica acessível, sendo os principais locais: a dobra do cotovelo, braço, antebraço e dorso das mãos. As veias preferenciais são a basílica e a cefálica.
OBS.:
· A solução deve ser cristalina, não oleosa e não conter flocos em suspensão;
· Retirar todo o ar da seringa para não deixar entrar ar na circulação;
· Aplicar lentamente, observando as reações do paciente;
· Fazer rodízio dos locais de aplicação;
· Durante a administração do medicamento aspirar para verificar se a agulha ainda permanece na veia;
· No caso de haver necessidade de administrar dois medicamentos ao mesmo tempo, puncionar a veia apenas uma vez, usando uma seringa para cada droga;
· Usar material em bom estado: seringa bem adaptada, agulha sem ponta romba;
· Retirar a agulha na presença de hematoma, infiltração ou dor, pois isto indica que a veia foi transfixada ou a agulha está fora dela; retirar a agulha, pedindo ao paciente para manter o braço fletido. A nova punção deverá ser em outro membro;
· Usar de artifícios para melhorar a visualização das veias: aquecer ou massagear o local, pedir para o paciente abrir e fechar a mão com o braço voltado par baixo.
Material:
· luvas de procedimento;
· algodão com álcool a 70%;
· Garrote;
· Agulha 25x7mm, 25x8mm ou de acordo com o calibre do vaso, ou scalp, de preferência nº 25 e 23;
· Medicação prescrita.
Técnica de injeção EV com seringa:
- Preparo da injeção conforme técnica prescrita;
- Levar a bandeja para perto do paciente;
- Deixar a bandeja na mesinha e preparar o paciente, explicando o que vai fazer;
- Observar as condições do membro a ser puncionado;
- Colocar o membro do paciente em posição confortável;
- Expor a área de aplicação;
- Selecionar a veia mais adequada para a punção, considerando o tipo de medicação e o tempo de infusão;
- Fixar o garrote sem compressão exagerada, cerca de 4 dedos acima do local escolhido para aplicação da injeção;
- Calçar as luvas;
- Pedir ao paciente abrir e fechar a mão diversas vezes e depois conservá-la fechada, mantendo o braço imóvel;
- Fazer a anti-sepsia ampla do local, com movimento de baixo para cima, com algodão embebido em álcool a 70%;
- Fixar a veia com o polegar da mão esquerda, sem tocar na região da aplicação;
- Colocar o indicador da mão direita sobre o canhão da agulha e, com os demais dedos, segurar a seringa;
- Se a veia for fixa, penetrar pela face anterior, se for móvel penetrar por uma das faces laterais, empurrando-a com a agulha até fixá-la;
- Evidenciando a presença de sangue na seringa retirar o garrote e pedir para o paciente abrir a mão;
- Injetar lentamente para evitar sobrecarga circulatória;
- Observar o paciente;
- Retirar a agulha e comprimir o vaso com algodão, solicitando ao paciente para permanecer com o braço fletido;
- Deixar o paciente confortável;
- Desprezar materiais utilizados, observando especificidade de cada um;
- Lavar as mãos;
- Fazer registros de enfermagem necessários em prontuário.
- Administração de medicamentos por via EV também pode ser realizada utilizando escalpe adaptado à seringa;
- Substituir o cateter a cada tentativa de punção, caso tenha contaminado.
· Fazer desinfecção do injetor lateral do equipo, utilizando álcool a 70%;
· Desconectar a infusão venosa – evitando contaminação da ponta do equipo;
· Puncionar a borracha do injetor lateral;
· Realizar o teste do “retorno venoso”;
· Injetar a medicação lentamente – observar reações do paciente;
· Utilizar agulhas de baixo calibre para injetar medicamentos nos injetores laterais dos equipos.
· Utilizar polifix para a administração de medicamentos;
· Retirar a tampa do polifix ;
· Fazer desinfecção da ponta do polifix, escalpe ou jelco, utilizando álcool a 70%;
· Realizar o teste do “retorno venoso”;
· Conectar a medicação a ser infundida;
· Controlar o gotejamento desejado;
· Manter supervisão periódica até término da infusão;
· Nunca introduzir agulha descartável no injetor lateral do equipo de soro, para a administração de medicação EV infusão.
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