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domingo, 1 de março de 2009

PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA...


DEFINIÇÃO:


Parada cardio-respiratória é a cessação das funções cardíaca e respiratória. Na prática, o termo é também aplicado para a disfunção cardio-respiratória grave e aguda. Disfuncão grave do sistema cardíaco ou respiratório resultará na falência de ambos os sistemas, se não for rapidamente corrigida.


CAUSAS TÓXICAS:


Numerosos agentes tóxicos podem resultar em parada cardio-respiratória. Esta complicação é mais provável de ocorrer em intoxicações de indivíduos com doença cardio-respiratória prévia. São exemplos importantes, classificados de acordo com o mecanismo:


Depressão respiratória central:


•Barbitúricos

•Benzodiazepínicos e outros agentes sedativo-hipnóticos

•Etanol

•Opióides

•Fenotiazínicos

•Propoxifeno

•Antidepressivos tricíclicos


Paralisia de músculos respiratórios:


Botulismo ;Certas intoxicações por peixes e mariscos (tetrodotoxina, saxitoxina)

Inibidores de colinesterase (organofosforados/carbamatos e agentes neurotóxicos) Bloqueadores neuromusculares curare-like, Picada de cobra, Estricnina, Tétano


Edema pulmonar não-cardiogênico ou pneumonite:


Cloro e outros gases e vapores irritantes, Inibidores de colinesterase (organofosforados/carbamatos e agentes neurotóxicos)

Paraquat, Fosgênio, Derivados de petróleo ou aspiração pulmonar de conteúdo gástrico

Salicilatos.


Diminuição da contratilidade cardíaca:


Barbitúricos, Bloqueadores beta-adrenérgicos, Bloqueadores de canal de cálcio,

Ergotaminicos, Antiarrítmicos tipo Ia ou Ic, Antidepressivos tricíclicos, Hipotensão devido perda de volume, Cogumelos contendo amanitina, Arsênico, Colchicina, Sulfato de cobre Ferro.


Bradicardia ou bloqueio AV:


Bloqueadores beta-adrenérgicos, Antagonistas de cálcio, Inibidores de colinesterase, (organofosforados/carbamatos e agentes neurotóxicos); Digitálicos e outros glicosídeos, cardíacos, Antidepressivos tricíclicos, Taquicardia ventricular ou fibrilação, Anfetaminas e estimulantes relacionados, Antihistamínicos (terfenadina e astemizole); Derivados de petróleo aromáticos e halogenados, Cafeína, Hidrato de cloral, Cloroquina e hidroxocloroquina, Cocaína, Digitálicos e outros glicosídeos cardíacos, Fluoreto, Fenotiazínicos (especialmente tioridazina) ; Quinidina e outros agentes antiarrítmicos tipo Ia, Teofilina.


Hipoxia celular, Monóxido carbono, Cianeto, Sulfeto de hidrogênio.


CAUSAS NÃO TÓXICAS:

Anafilaxia, Arritmias cardíacas, Tamponamento cardíaco, Distúrbios eletrolíticos, Hipotermia, Hipovolemia, Infarto do miocárdio, Embolia pulmonar e Sepsis.


MANIFESTAÇÕES CLINICAS:

O paciente em parada cárdio-pulmonar é usualmente arresponsivo, com respiração ausente ou agônica, pulsos ausentes ou pouco detectáveis. O monitor cardíaco pode mostrar qualquer ritmo, mas a maioria exibe assistolia, fibrilação ventricular, ou bradicardia extrema.


DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:


Hipotermia/ Síncope vasovagal...

INVESTIGAÇÕES RELEVANTES:

O tratamento é prioritário à investigação na abordagem inicial da parada cardiorespiratória. O monitor cardíaco é essencial para determinar a atividade elétrica do coração, iniciar monitorização cardíaca imediatamente e observar continuamente.

As seguintes investigações podem ser úteis durante a ressuscitação

•Gasometria arterial, •Raio X, •ECG, •Eletrólitos séricos incluindo cálcio e magnésio, •Ecocardiografia.


TRATAMENTO:

O paciente deve ser tratado imediatamente. As prioridades no tratamento são as seguintes:


a) Estabelecer uma via aérea segura, inicialmente pelo posicionamento e aspiração, seguidas de medidas definitivas como a intubação endotraqueal.

b) Respiração assistida com ambu deve ser seguida de ventilação mecânica. Administrar oxigênio suplementar.

c) Obter um acesso venoso através do meio mais rápido possível e iniciar monitorização cardíaca contínua. Auxiliar a circulação com massagem cardíaca externa até que o débito cardíaco espontâneo se restabeleça. A cardioversão nas arritmias ventriculares tóxicas raramente têm sucesso e não deve preceder à correção da hipoxia, massagem cardíaca externa e a administração de antídotos específicos. Marca-passo cardíaco externo ou transvenoso pode ser útil nas bradicardias graves.

d) Drogas: Atropina e Adrenalina devem ser administradas de acordo com as normas padronizadas de ressuscitação cardio-pulmonar.



Quando o agente tóxico é conhecido ou suspeito,

os antídotos específicos abaixo estão indicados:


Bloqueadores Beta-adrenérgico, Glucagon, Bloquedores de canal de cálcio, Cálcio, Glucagon,

Glicosídeos digitálicos, Fragmentos Fab-digoxina, Hidrato de cloral, Beta-bloqueadores, Cafeína, Teofilina, Beta-bloqueadores, Acido hidrofluorídrico, Cálcio, Composto

organofosforados, Atropina, oximas, Antidepressivos tricíclicos, Bicarbonato de Sódio, Antiarrítmicos tipo 1a/1c, Bicarbonato de Sódio.


EVOLUÇÃO CLINICA E MONITORIZAÇÃO:


Nem todos os pacientes que desenvolvem parada cardio-respiratória irão sobreviver à ressuscitação. Entretanto, o prognóstico nas paradas cardio-respiratórias de origem tóxica, especialmente em indivíduos jovens anteriormente saudáveis, é geralmente mais favorável do que nas paradas por outras causas. Uma boa evolução é possível mesmo após uma ressuscitação muito prolongada. A evolução clínica depende do agente desencadeante. Monitorização intensiva e suporte cardio-respiratório são necessários até a resolução da toxicidade.


COMPLICAÇÕES TARDIAS:

•Lesão cerebral por hipoxia

•Infarto do miocárdio.

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