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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Abrigo D. Pedro II, localizado em Salvador-Ba.

Abrigo Dom Pedro II
Sua história na segunda metade do século XIX, mas precisamente em 1887, quando o Casarão Machado pertencente a um rico empresário baiano, foi comprado pelo presidente da província da Bahia, para acolher pessoas carentes de um lar, de alimento, que vivessem da caridade pública. No início o local era chamado de Abrigo de Mendicidade Santa Isabel, passando a se chamar D. Pedro II, em 1943, quando também passou a acolher apenas pessoas idosas. Hoje, o prédio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) e o abrigo é mantido pela prefeitura de Salvador através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEDES) e por doações de varias empresas ou pessoas.

Dois pavilhões do Abrigo D. Pedro II foram interditados pela Defesa Civil (Codesal), agora, quatro das oito alas do local estão inutilizadas, dessas 03 alas são femininas e apenas 01 masculina, cada uma apresenta sala com televisão, quartos devidamente separados por biombos, numa tentativa de manter a privacidade, individualidade e identidade do idoso. Cada ala é composta também por banheiro e cozinha a qual cada idoso pode vir a fazer seu próprio alimento. Toda área do palacete, inclusive a capela Santa Isabel que guarda os restos mortais da freira Lindalva, traz lembranças da mesma, que fora assassinada a facadas por um interno há 15 anos. Conta ainda com uma ampla área com jardim, árvores, terreno para cultivo, quiosque no qual o Sr. Djalma José, um dos moradores, organiza sua rádio levando musica, notícias e diversão aos demais moradores.

Atualmente são abrigados 103 idosos. Os critérios para admissão são: ser maior 60 anos, estar acompanhado da família ou responsável, querer morar no abrigo, estar lúcido, orientado, deambulando, parcialmente independente sem nenhuma lesão na pele. Devem-se realizar os exames de rotina passar pela avaliação médica, e em casos de apresentarem doenças crônicas, essas devem estar controladas.

A equipe multiprofissional é composta por 01 médico, 01enfermeiro (por turno), auxiliar de enfermagem (03 matutino e 02 vespertino), 01 nutricionista, 02 fisioterapeutas, 01 terapêuta ocupacional, 01 psicólogo e 02 assistentes sociais, 01 musicoterapeuta (voluntário), além de voluntários.

O idoso ao virar morador do abrigo poderá sair normalmente na rua, se apresentar condições que assim o permita, passar final de semana com a família com a autorização do responsável, sendo necessário avisar a equipe sobre sua saída e o seu dia de retorno ao abrigo. Apresenta ainda autonomia para administrar seu dinheiro, seja comprando alimentos, ou qualquer outra coisa do seu interesse, pode ainda participar das festas comemorativas que o abrigo em associação com empresas desenvolvem, bem como dos passeios disponibilizados pela equipe.

Conversamos com alguns idosos e foi possível identificar que alguns estão ali por sua vontade e vivem felizes, satisfeitos com seu novo lar, outros não conseguem se adaptar por estarem contra sua vontade, geralmente são idosos rejeitados pela família, rejeição essa que pode ser direta ou indireta. Diante desse quadro fica evidente a importância que o apoio e/ou presença familiar tem para a adaptação à rotina do abrigo bem como para o processo do envelhecimento.
Pessoal, o Abrigo D. Pedro II necessita de doações para continuar desenvolvendo suas atividades e alcançando seus objetivos. A falta de doações é um grande obstáculo enfrentado pela Instituição. É importante a colaboração de todos!

July.

Um comentário:

Renan disse...

Por que a prefeitura não vende este prédio para quem possa fazer uma grande reforma para a cidade não perder este prédio, e com o dinheiro faz um abrigo decente para nossos idosos.Sem desviar um centavo do dinheiro