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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Síndrome de Down



Introdução
A Síndrome de Down (S.D.) é a síndrome genética de maior incidência e tem como principal conseqüência à deficiência mental.

• A incidência da S.D. em nascidos vivos é de 1 para cada 600/800 nascimentos, tendo uma média de 8.000 novos casos por ano no Brasil.

• A grande incidência dessa patologia , dentre as demais, fortalece a necessidade de um atendimento específico e bem estruturado.

Objetivo
Este estudo tem como objetivo identificar as dificuldades no manejo do aleitamento materno pelas mães de crianças portadoras da Síndrome de Down, enfatizando a atuação do profissional de enfermagem nesse contexto.

Metodologia
Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada nos bancos de dados do SCIELO e BIREME por meio de um levantamento retrospectivo de artigos científicos publicados nos últimos dez anos ( 1999 a 2008).

Revisão Bibliográfica
A Síndrome de Down ou trissomia do cromossomo 21 é uma síndrome genética causada pela presença de um cromossomo 21 extra, que pose ser total ou parcial.

• Embora as crianças com trissomia do 21 sejam nascidas de pais de todas as idades, há um risco estatisticamente maior em mulheres mais velhas, particularmente aquelas com mais de 35 anos de idade.

• Devido a essa trissomia, as crianças com Síndrome de Down apresentam características físicas específicas.

• Muitas destas crianças apresentam também, malformações cardíacas congênitas, problemas respiratórios,visuais,auditivos e da tireóide, hipotonia muscular que leva a uma dificuldade de sucção acarretando em problemas no aleitamento materno, como o desmame precoce.

• O aleitamento materno de bebês com Síndrome de Down é um importante recurso para a estimulação precoce da musculatura bucal e facial. Além de todos os fatores de proteção que o leite materno confere.

• A desinformação, a insegurança e o estado emocional, presentes nas mães destas crianças, são, na maioria das vezes, os principais motivos pelos quais ocorre o desmame precoce ou o não aleitamento.

• De acordo com os artigos estudados todas as mães tentaram amamentar seus filhos, o que vem corroborar o estudo de Oliveira Filho et al. (1986), que evidenciam uma predisposição natural das mães para amamentar.

• Das mães que fizeram parte deste estudo, poucas conseguiram amamentar seus filhos sem qualquer dificuldade, de uma forma espontânea e natural, inclusive por um período de tempo prolongado.


• Vários fatores contribuíram para a realização ou não do aleitamento. De acordo com os dados dessa pesquisa, a forma como foi transmitida a notícia do nascimento de um filho com Síndrome de Down foi um fator importantíssimo para a concretização ou não da amamentação.

• Esse fato foi decisivo também, na relação da mãe com o profissional de saúde - geralmente o pediatra - e conseqüentemente na orientação e estímulo para o aleitamento.

Assistência de Enfermagem
O profissional de enfermagem, deve incentivar e orientar o aleitamento materno na Síndrome de Down, no intuito de oferecer a estas crianças condições de uma nutrição saudável e adequada.

• Além de dar ás mães, a informação e o apoio necessário, proporcionando-lhes assim segurança, o que irá facilitar a descoberta do prazer de amamentar o seu filho.

• Os profissionais de enfermagem são responsáveis também por:
- Oferecer informações corretas sobre a Síndrome de Down;
- Não tratar as pessoas com Síndrome de Down como se fossem “doentes”;
- Prestar cuidados adequados às dificuldades que as crianças com SD venham a ter;
- Orientar as mães que já tiveram filhos com SD, da possibilidade de outro filho com
SD.

Considerações Finais
Através da revisão bibliografia, fica evidente a necessidade da formação de profissionais humanos, com sensibilidade para entender o sofrimento e a frustração que envolvem o nascimento de um bebê com Síndrome de Down, e com capacidade e competência para agir de forma adequada, tanto na transmissão dessa notícia como na orientação e apoio no momento da lactação.

Referências Bibliográficas
• 1. COUTO, Thais Helena Andrade Machado; TACHIBANA, Miriam e AIELLO-VAISBERG, Tania Maria José. A mãe, o filho e a síndrome de Down. Paidéia (Ribeirão Preto), maio/ago. 2007, vol.17, no.37, p.265-272. ISSN 0103-863X.
• 2. SUNELAITIS, Regina Cátia; ARRUDA, Débora Cristina e MARCOM, Sonia Silva. A repercussão de um diagnóstico de síndrome de Down no cotidiano familiar: perspectiva da mãe. Acta paul. enferm., jul./set. 2007, vol.20, no.3, p.264-271. ISSN 0103-2100.
• 3. SANTOS, Rosângela da Silva e Dias, Ieda Maria Vargas. Refletindo sobre malformação congênita. Ver. Brás. Enferm., Set./Out. 2005, vol.58, no.5 p.592-596. ISSN 0034-7167.
• 5.ESCOBAR, A M de U.; et AL. Aleitamento materno e condições socioeconômicas: fatores que levam ao desmame precoce. Rev. Brás. Saúde materna. Infant:; Recife, v.2, n.3, 2002
• 6. AMORIM, Suely Teresinha Schmidt Passos de; MOREIRA, Herivelto e CARRARO, Telma Elisa. Amamentação em crianças com síndrome de Down: a percepção das mães sobre a atuação dos profïssionais de saúde. Rev. Nutr., jan./abr. 1999, vol.12, no.1, p.91-101. ISSN 1415-5273.



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