
O percentual de fumantes no Brasil é considerado alto, quando comparado com outros países, principalmente da América Latina.
O tabagismo é diretamente responsável por:
· 30% das mortes por câncer - Pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero, estômago e fígado;
· 90% das mortes por câncer de pulmão;
· 25% das mortes por doença coronariana - Angina e infarto do miocárdio
· 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica;
· 25% das mortes por doença cerebrovascular.
Outras doenças que também estão relacionadas ao uso do cigarro são:
· Aneurismas arteriais;
· Trombose vascular;
· Úlcera do trato digestivo;
· Infecções respiratórias;
· Impotência sexual no homem.
· Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) são chamados comumente de derrames cerebrais e resultam de um sangramento dentro do cérebro, levando à paralisia do corpo e, muitas vezes, ao estado de coma e morte. O derrame é mais comum no sexo feminino. Além disso, é duas a três vezes mais comum em fumantes, de ambos os sexos. As estimativas sugerem que 50 a 55% dos AVC sejam atribuídos diretamente ao tabagismo.
· O uso regular da pílula anticoncepcional combinada ao tabagismo aumenta consideravelmente a incidência de AVC e de infarto do miocárdio, provavelmente por atuar pelos mesmos mecanismos (diminuição das taxas de lipoproteínas de alta densidade, favorecendo a aterosclerose).
A gestante não-fumante também sofre os efeitos do tabagismo passivo, sendo o feto, neste caso, fumante passivo de segunda linha.
Reduzir a demanda por tabaco, com, por exemplo, a: aplicação de políticas tributárias e de preços; proteção contra a exposição à fumaça do tabaco em ambientes fechados; regulamentação dos conteúdos e emissões dos produtos derivados do tabaco; divulgação de informações relativas a estes produtos; desenvolvimento de programas de educação e conscientização sobre os malefícios do tabagismo; proibição da publicidade, promoção e patrocínio; implementação de programas de tratamento da dependência da nicotina.
Reduzir a oferta por produtos do tabaco, como por exemplo, a: eliminação do contrabando; restrição ao acesso dos jovens ao tabaco; substituição do cultivo de tabaco; restrição ao apoio e aos subsídios relativos à produção e à manufatura de tabaco;
Proteger o meio ambiente;
Incluir as questões de responsabilidade civil e penal nas políticas de controle do tabaco, bem como estabelecimento das bases para a cooperação judicial nessa área;
Promover a cooperação técnica, científica e intercâmbio de informação, com: elaboração de pesquisas nacionais relacionadas ao tabaco e seu impacto sobre a saúde pública; coordenação de programas de pesquisas regionais e internacionais; estabelecimento de programas de vigilância do tabaco; e cooperação nas áreas jurídica, científica e técnica.
Enfermagem em Ação
O tabagismo é um dos principais problemas de saúde pública. Toda e qualquer intervenção no sentido de auxiliar o tabagista a abandonar o tabagismo é válida e deve ser considerada. O tabagismo é um fenômeno mundial mantido por processos que vão desde a fisiologia e condicionamento comportamental, até as políticas internacionais. Os enfermeiros podem e devem estar engajados nessas políticas, utilizando as estratégias possíveis para o combate ao tabagismo de forma interdisciplinar.
Atuação do Enfermeiro
l Promovendo palestras sobre aos riscos causados pelo uso do tabaco;
l Orientar sobre a importância do abandono do vício;
l Ajudar o paciente nos períodos de abstinência durante o abandono do uso do tabaco;
l Orientar sobre a importância da atividade física para reestabelecer o padrão respiratório prejudicado pelo consumo de cigarro.
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