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domingo, 23 de novembro de 2008

Tabagismo


Tabagismo

O fumo é um importante fator de adoecimento, sendo considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma das principais causas de morte evitável no mundo. O Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional do Câncer/INCA, tem diversas estratégias para reduzir o tabagismo em nosso país. Uma delas é estimular, através dos profissionais de saúde e da formação de agentes multiplicadores, a conscientização da população em geral sobre os danos causados pelo tabaco.


Epidemiologia: Auto de uma Morte Anunciada

A Organização Mundial da Saúde considera o tabagismo como uma pandemia, pois mata anualmente 3 milhões de indivíduos no mundo, o que vale dizer, que o tabagismo, hoje, mata mais que a soma das mortes por AIDS, cocaína, heroína, álcool, suicídios e acidentes de trânsito. Se medidas efetivas de controle do tabagismo não forem tomadas, em 2020, esse número chegará a 10 milhões de mortes, sendo 70% delas em países em desenvolvimento.


Tabagismo no Brasil

Estima-se que, no Brasil, a cada ano, 80 mil pessoas morram precocemente devido ao tabagismo, número que vem aumentando ano a ano. Em outras palavras, cerca de 8 brasileiros morrem por hora por causa do cigarro. O tabagismo é a principal causa de doença, incapacidade e morte prematura, com a característica de que é evitável.
O percentual de fumantes no Brasil é considerado alto, quando comparado com outros países, principalmente da América Latina.


Doenças Associadas ao Uso do Cigarro
O tabagismo é diretamente responsável por:
· 30% das mortes por câncer - Pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero, estômago e fígado;
· 90% das mortes por câncer de pulmão;
· 25% das mortes por doença coronariana - Angina e infarto do miocárdio
· 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica;
· 25% das mortes por doença cerebrovascular.
Outras doenças que também estão relacionadas ao uso do cigarro são:
· Aneurismas arteriais;
· Trombose vascular;
· Úlcera do trato digestivo;
· Infecções respiratórias;
· Impotência sexual no homem.

Mortalidade Feminina por Doença Cerebrovascular
· Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) são chamados comumente de derrames cerebrais e resultam de um sangramento dentro do cérebro, levando à paralisia do corpo e, muitas vezes, ao estado de coma e morte. O derrame é mais comum no sexo feminino. Além disso, é duas a três vezes mais comum em fumantes, de ambos os sexos. As estimativas sugerem que 50 a 55% dos AVC sejam atribuídos diretamente ao tabagismo.
· O uso regular da pílula anticoncepcional combinada ao tabagismo aumenta consideravelmente a incidência de AVC e de infarto do miocárdio, provavelmente por atuar pelos mesmos mecanismos (diminuição das taxas de lipoproteínas de alta densidade, favorecendo a aterosclerose).

Recomenda-se que:

Mulheres com menos de 30 anos de idade e que usam pílulas anticoncepcionais devem ser esclarecidas sobre os perigos de fumar.

Mulheres com idade entre 30 e 35 anos, usando pílulas há mais de cinco anos, devem parar de fumar, caso desejem continuar usando anovulatórios;

Mulheres com mais de 35 anos de idade devem modificar o método anticoncepcional, abandonando a pílula, particularmente se são tabagistas.


Risco de Fumar Durante a Gravidez

Fumar durante a gravidez traz sérios riscos. Abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e episódios de hemorragia (sangramento) ocorrem mais freqüentemente quando a mulher grávida fuma. A grávida que fuma tem o dobro de chances de ter um bebê de baixo peso, comparando-se com a grávida que não fuma. Tais agravos são devidos, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina reduzindo a chegada de sangue e oxigênio ao feto, após a absorção pelo organismo materno.


Ritmo Cardíaco Fetal

Um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar, em poucos minutos, os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o seu aparelho cardiovascular. Se a mãe fuma depois que o bebê nasce, ele continua sofrendo os efeitos do cigarro. Durante o aleitamento, ele recebe nicotina através do leite materno, havendo registro de intoxicações atribuíveis à nicotina.
A gestante não-fumante também sofre os efeitos do tabagismo passivo, sendo o feto, neste caso, fumante passivo de segunda linha.


Medidas de Controle

Reduzir a demanda por tabaco, com, por exemplo, a: aplicação de políticas tributárias e de preços; proteção contra a exposição à fumaça do tabaco em ambientes fechados; regulamentação dos conteúdos e emissões dos produtos derivados do tabaco; divulgação de informações relativas a estes produtos; desenvolvimento de programas de educação e conscientização sobre os malefícios do tabagismo; proibição da publicidade, promoção e patrocínio; implementação de programas de tratamento da dependência da nicotina.


Reduzir a oferta por produtos do tabaco, como por exemplo, a: eliminação do contrabando; restrição ao acesso dos jovens ao tabaco; substituição do cultivo de tabaco; restrição ao apoio e aos subsídios relativos à produção e à manufatura de tabaco;


Proteger o meio ambiente;


Incluir as questões de responsabilidade civil e penal nas políticas de controle do tabaco, bem como estabelecimento das bases para a cooperação judicial nessa área;


Promover a cooperação técnica, científica e intercâmbio de informação, com: elaboração de pesquisas nacionais relacionadas ao tabaco e seu impacto sobre a saúde pública; coordenação de programas de pesquisas regionais e internacionais; estabelecimento de programas de vigilância do tabaco; e cooperação nas áreas jurídica, científica e técnica.


Enfermagem em Ação


O tabagismo é um dos principais problemas de saúde pública. Toda e qualquer intervenção no sentido de auxiliar o tabagista a abandonar o tabagismo é válida e deve ser considerada. O tabagismo é um fenômeno mundial mantido por processos que vão desde a fisiologia e condicionamento comportamental, até as políticas internacionais. Os enfermeiros podem e devem estar engajados nessas políticas, utilizando as estratégias possíveis para o combate ao tabagismo de forma interdisciplinar.

Atuação do Enfermeiro
l Promovendo palestras sobre aos riscos causados pelo uso do tabaco;
l Orientar sobre a importância do abandono do vício;
l Ajudar o paciente nos períodos de abstinência durante o abandono do uso do tabaco;
l Orientar sobre a importância da atividade física para reestabelecer o padrão respiratório prejudicado pelo consumo de cigarro.








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